Maioria PSD na Câmara da Maia aprova aumento de 1% nos tarifários da água
A maioria PSD na Câmara Municipal da Maia aprovou hoje um aumento de 1% no tarifário dos serviços municipalizados de água e saneamento, justificando a medida com a subida dos preços do fornecimento daquele bem e da energia.
© Reuters
Política Fatura
A alteração no preço da água naquele concelho do distrito do Porto foi hoje votada em reunião do executivo e mereceu o voto contra do PS, que lamentou não ter sido ouvido no processo de decisão e alertou para que "as famílias com mais filhos ou pessoas dependentes deviam ter um desconto acima daquilo que é proposto".
A proposta aprovada, segundo documentos a que a Lusa teve acesso, é "fundamentada no facto de o preço da água fornecida em alta aos Serviços Municipalizados ter subido 0,8% e subirá 0,9% em 2022" ao que se juntam "e acréscimos importantes dos custos da energia, que são uma parcela não negligenciável dos custos da operação" dos serviços.
"Não fomos ouvidos e podíamos ter dado o nosso contributo, pondo alguma justiça no custo da água. As casas com mais pessoas deviam ter um desconto maior por exemplo", afirmou o líder da oposição socialista, Francisco Vieira de Carvalho.
A reunião do executivo ficou ainda marcada pelo voto contra do PS à proposta de revisão de preços definitiva de trabalhos contratuais e revisão de preços provisória de trabalhos complementares na empreitada de Requalificação e modernização da EB 2,3 Vieira de Carvalho em Moreira da Maia.
Antes da votação daquela proposta, o ponto 11 da Ordem de Trabalho, o vereador do PS António Peixoto lamentou a "falta de elementos" para poder decidir: "Voto contra porque a proposta não está bem apresentada. Devia ter em anexo todos os documentos e não termos que ser nós a pedir", explicou.
Em resposta, o presidente da Autarquia, António Silva Tiago, afirmou que "o vereador não pode exigir que venha a reunião todo o dossier da empreitada em causa", considerando que António Peixoto "podia ter feito o trabalho de casa e não na reunião porque assim bloqueia o trabalho".
Também a vereadora com o pelouro da Educação insurgiu-se contra o PS, afirmando ter "ficado chocada" com o sentido de voto dos socialistas: "Votar contra o processo só porque não tiveram acesso ao processo porque também não pediram não faz sentido, não é justificação para reprovar o ponto", disse.
António Peixoto voltou a intervir, lembrando que não é a empreitada "que está em causa" e que o PS já tinha votado contra trabalhos complementares.
"Não vamos misturar as coisas, dá jeito não as querer separar", terminou.
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