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Apoio extraordinário aos rendimentos? "Não há razão para que não exista"

A líder do Bloco de Esquerda esteve hoje reunida com desempregados excluídos do processo de apoio extraordinário aos rendimentos dos trabalhadores.

Apoio extraordinário aos rendimentos? "Não há razão para que não exista"
Notícias ao Minuto

13:58 - 18/02/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política BE

"O Governo está em duodécimos e este apoio extraordinário já existia o ano passado". Quem o diz é Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda (BE), que, em declarações aos jornalistas, reiterou não haver razões para que o prolongamento do Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores (AERT) não aconteça este ano, ao contrário do prometido pelo Governo durante a campanha eleitoral para as eleições legislativas.

A bloquista reuniu-se hoje por videoconferência com desempregados excluídos do processo, salientando tratar-se de uma maioria “de mulheres em famílias monoparentais com vários filhos que, neste momento, estão sem nenhum apoio”.

“Utilizando os duodécimos do ano passado, que já tinha este apoio, o Governo pode e deve [prolongá-lo]. É fundamental que prolongue este apoio”, reiterou, recordando que a medida se dirige a “pessoas de setores muito afetados pela pandemia, […] que ainda não recuperaram completamente, e a trabalhadores muito precários”.

“Ninguém compreenderia que deixássemos os mais vulneráveis dos mais vulneráveis sem nada”, acrescentou, sublinhado que é "responsabilidade do Governo prorrogar já" o apoio.

"Exigir-lhes agora que fiquem meses sem qualquer prestação social e sem qualquer horizonte de emprego é uma indignidade que o nosso país não pode sustentar. É esse o apelo que deixo ao Governo. Não é necessário nenhum Orçamento do Estado, o que é necessário é a decência básica do Estado social de prorrogar este apoio", sustentou a coordenadora do BE.

"O Governo prometeu que ia prolongar [o AERT] por mais dois meses. Acontece que o Governo não prolongou o apoio durante mais dois meses. O que diz é que pessoas que ainda não tiveram o apoio podem candidatar-se durante mais dois meses, janeiro e fevereiro. Mas quem já tinha tido acesso a este apoio... Ele acaba", completou.

A dirigente do Bloco acrescentou que estes cidadãos "sentem uma enorme injustiça porque ouviram durante a campanha eleitoral a promessa de que o apoio ia ser prolongado", mas quando fizeram o pedido à Segurança Social "o apoio foi-lhes negado".

Catarina Martins disse ainda que o número de portugueses nesta situação é cada vez mais baixo, consequência da recuperação económica depois da pandemia, por isso, "é fundamental responder a estas pessoas".

"Não pode uma promessa de campanha eleitoral redundar agora no abandono absoluto daquelas que são as mais vulneráveis do nosso país", referiu a coordenadora do BE.

Na mesma linha, a bloquista insistiu que é possível proceder ao aumento extraordinário das pensões e que "ninguém compreende" a resistência do Governo em avançar com esta medida.

Questionada pelos jornalistas sobre a razão pela qual defende que há espaço para o Governo avançar com o aumento extraordinário das pensões em duodécimos e sem haver Orçamento do Estado para o presente ano, Catarina Martins referiu que o primeiro-ministro e secretário-geral socialista, António Costa, também o defendeu.

"Aliás, disse na campanha eleitoral que podia fazê-lo, tinha espaço. Não o queria fazer por uma questão política. Enfim... Se há Orçamento [do Estado] para o fazer, porque os duodécimos o permitem, ninguém compreende que as pensões mais baixas não possam ter esse pequenino aumento extraordinário", respondeu a coordenadora bloquista.

Ainda assim, Catarina Martins considerou que o aumento extraordinário das pensões "não vai resolver os problemas dos pensionistas, mas é seu direito e deve ser pago", uma vez que, "quem está em dificuldades não deve esperar mais".

Leia Também: BE defende que Governo tem margem para aumento extraordinário das pensões

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