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IL critica empolamento do vice proposto pelo Chega para a AR

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, criticou hoje o empolamento da questão do nome proposto pelo Chega para uma vice-presidência do parlamento, recusando contribuir para alimentar uma polémica que diz ser útil para alguns.

IL critica empolamento do vice proposto pelo Chega para a AR
Notícias ao Minuto

14:53 - 09/02/22 por Lusa

Política João Cotrim Figueiredo

João Cotrim Figueiredo esteve hoje na FIL, em Lisboa, onde estão a ser contados os votos das legislativas dos círculos da emigração, tendo sido questionado pelos jornalistas sobre a indicação do seu nome pela IL para vice-presidente da Assembleia da República, bem sobre polémica em torno do Chega para este mesmo lugar.

"O meu nome para vice-presidente tem a ver com o facto de ser o único que conhece o funcionamento do plenário e é bom recordar que o vice-presidente substitui o presidente na condução dos trabalhos. É bom que tenha noção como funciona o plenário, tem que ter algum destaque institucional, mas não é uma função muito importante do ponto de vista político, portanto, qualquer empolamento da importância desta posição, seja para que efeito for, só serve para fazer o trabalho e o jogo daqueles que acham que essa polémica é útil e com isto me calo", respondeu.

Questionado sobre se estava a falar do Chega, o líder liberal respondeu que se referia a "todos os que têm interesse" uma vez que "não é só um que tem interesse".

"Há muita gente que tem interesse em que o assunto tenha uma grande dimensão, há 10 dias que não falamos de outra coisa e mais uma vez aqui, perante um tema tão importante como o sistema eleitoral, me vêm voltar a perguntar sobre isso", criticou.

Confrontado sobre como irá votar a IL em relação ao nome indicado pelo Chega, João Cotrim Figueiredo disse apenas: "fazer-me essa pergunta depois de ter dito que não quero empolar o tema, já sabe qual vai ser a resposta, que é nenhuma".

Para o deputado da IL, a função de vice-presidente do parlamento "deve obviamente respeitar o Estado, dignificar o Estado, mas é sobretudo fazer funcionar os trabalhos da assembleia".

"Não tem mais importância do que isso. Eu não lhe atribuo mais importância do que isso, é alguma, mas não é mais do que isso. Há politicamente coisas muito mais importantes incluindo esta que estamos aqui a tratar. Interroguem-se porque é que a agenda consegue ser dominada por este tema, a quem é que isso interessa", reiterou.

A semana passada, o líder do Chega, André Ventura, anunciou que irá propor o deputado Diogo Pacheco de Amorim para a vice-presidência da Assembleia da República, considerando que o candidato tem provas dadas de "presença democrática".

Ainda antes ser conhecido que seria Pacheco de Amorim a escolha do Chega, o Expresso noticiou que a maioria de esquerda não deveria deixar passar o vice-presidente da Assembleia da República proposto pelo Chega.

Na terça-feira, fonte oficial do BE adiantou à agência Lusa que os deputados bloquistas vão votar contra o nome de Diogo Pacheco de Amorim, proposto pelo Chega, para vice-presidente da Assembleia da República, assumindo assim no parlamento português a mesma posição tomada no Parlamento Europeu, em 2007, relativamente à extrema-direita.

O Regimento da Assembleia da República estipula que "cada um dos quatro maiores grupos parlamentares propõe um vice-presidente" para a mesa do parlamento, sendo necessária "maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções" para que o candidato em questão seja eleito.

Segundo o Regimento, quando o presidente da Assembleia da República e metade dos restantes membros da mesa estiverem eleitos -- no que se refere às vice-presidências, duas das quatro --, considera-se atingido o quórum necessário para o seu funcionamento.

Leia Também: Iniciativa Liberal indica Cotrim Figueiredo para vice-presidente da AR

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