"A continuar assim, daqui a dias, o PSD segue o caminho do CDS"
Alberto João Jardim considera que, nos sociais democratas se "continuam a discutir nomes". "Os mesmos nomes que andam a fazer traquinices no PSD de há uns anos para cá e que, portanto, estão desgastados pelo facto de as suas traquinices não darem confiança ao eleitorado português", advoga.
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Política Alberto João Jardim
"Creio que o PSD está a fazer tudo ao contrário". A frase é de Alberto João Jardim, histórico líder do partido 'laranja' na Madeira, que, em entrevista à SIC Notícias, traçou o que considera ser o cenário atual no seio social democrata.
Na ótica de Alberto João Jardim, "continuam a discutir-se nomes, os mesmos nomes que andam a fazer traquinices no PSD de há uns anos para cá, e que, portanto, estão desgastados pelo facto de as suas traquinices não darem confiança ao eleitorado português".
"Em segundo lugar", acrescentou, "está-se a fazer mal porque, em vez de se fazer uma série de reuniões em que se possa fazer uma reflexão sobre qual deve ser a estratégia do PSD, anda-se já a tentar ocupar o poder dentro do PSD".
"Isto está tudo errado", reiterou, deixando um alerta: "Isto, a continuar assim, daqui a dias, o PSD segue o caminho do CDS". Recorde-se que os centristas perderam, nas eleições legislativas do passado dia 30 de janeiro, pela primeira vez na história da Democracia, a representação parlamentar - o que levou também à demissão do líder Francisco Rodrigues dos Santos.
Mas mais. Para Jardim, "o PSD correrá o risco de desaparecer se não for capaz de se manter rigorosamente ao centro na sua posição social democrata" e se não vier "a público mostrar aos portugueses a vantagem da ideologia social democrata em relação às formações que aparecem à sua Direita e em relação ao socialismo".
Se o PSD "andar sempre a brincar sobre quem é que vai para o poleiro" e se "se deixar cair na armadilha - como anda a deixar - de ser objeto de domínio das sociedades secretas", o futuro poderá não ser risonho, aponta, acrescentando: "O que se está a passar é também um ataque da Maçonaria ao PSD".
Recorde-se que o PS venceu as eleições legislativas antecipadas com maioria absoluta (41,68% dos votos e 117 deputados eleitos), com o PSD a conseguir 27,80%, o que representa 71 parlamentares. Após o resultado, Rui Rio confirmou que se afastará da liderança 'laranja' e que não será recandidato nas próximas diretas.
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