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Madeira: PSD apesar de coligado com CDS fica com mesma representação

O PSD/Madeira mantém-se como o partido mais votado em legislativas nacionais e, pela primeira vez coligado com o CDS, apenas manteve os três lugares na Assembleia da República, os mesmos que o PS.

Madeira: PSD apesar de coligado com CDS fica com mesma representação
Notícias ao Minuto

23:56 - 30/01/22 por Lusa

Política Legislativas

As eleições legislativas nacionais não tiveram assim implicação na representação dos seis deputados eleitos pelo círculo eleitoral da Região Autónoma da Madeira.

O PSD/Madeira, que sempre concorreu sozinho neste tipo de ato eleitoral e tinha uma representação na Assembleia da República de três parlamentares, apostou na coligação com o CDS-PP ('Madeira Primeiro') e obteve hoje um total de 50.634 votos (39,83%).

Em 2019, o PSD conseguiu 38.231 votos (37,15%) e o CDS-PP 7.852 votos (6,05%), o que somaria 46.083 votos, menos 5.551 que os obtidos hoje.

Os sociais-democratas madeirenses Sérgio Marques e Sara Madruga da Costa voltam a integrar a bancada do PSD em São Bento, acompanhados pela estreante Patrícia Dantas.

Neste ato eleitoral, o PSD/CDS venceu em 10 dos 11 concelhos da Madeira, incluindo o Funchal, o mais populoso desta região autónoma.

O PS foi o partido mais votado apenas no município de Machico, na zona leste da ilha, onde alcançou 4.939 votos (49,46%). Nesta localidade, a coligação PSD/CDS ficou em segundo lugar com 2.905 (29,09%), seguindo-se o JPP que reuniu 504 votos (5,05%).

Os socialistas ocupam o segundo lugar na preferência dos eleitores madeirenses e obtiveram 40.004 votos (31,47%), menos 3.369 votos que os apurados nas legislativas nacionais de 2019, nas quais o partido somou 33,41% da votação.

Hoje, o PS reelegeu os deputados madeirenses Carlos Pereira e Marta Freitas, garantindo um lugar também para Miguel Iglésias.

Por seu turno, o Juntos Pelo Povo (JPP) que governa o município de Santa Cruz, concelho onde surgiu como movimento de cidadãos, voltou a perder as eleições legislativas nacionais neste município.

O JPP foi o terceiro partido mais votado na Madeira (8.721 votos), mas não conseguiu eleger qualquer representante e viu o PSD/CDS e o PS ficarem à frente no resultado.

O Chega foi a terceira força escolhida pelos eleitores em oito dos concelhos da Região Autónoma da Madeira (Funchal, Porto Santo, Santana, Porto Moniz, Ponta do Sol, Calheta, São Vicente e Ribeira Brava), somando um total de 1.186 votos e ficou em quarto lugar.

A Iniciativa Liberal (IL) obteve 683 votos (3,25%), seguindo-se o BE que alcançou 668 votos (3,17%), o PAN 351 (1,67%) e PCP-PEV 347 (1,65%).

Desde 1976 que o PPD/PSD assegura vitórias em eleições nacionais, registou a maior percentagem de votação em 1987 (65,45%) e evidenciou depois uma tendência decrescente, obtendo o menor resultado em 2019 (37,15%).

No primeiro sufrágio (1976), o PPD liderado por Alberto João Jardim conseguiu quatro dos seis deputados, com o PS e o CDS e ter um parlamentar cada.

Entre 1979 e 2002, o circulo eleitoral da Madeira elegeu apenas cinco deputados e o PPD/PSD, o partido maioritário nesta região autónoma, garantiu quatro deputados em sete dos atos eleitorais para escolher a composição da Assembleia da República.

A partir de 2005, a Madeira voltou a ter uma representação de seis deputados em S.Bento e o PSD madeirense repetiu esse resultado numérico em 2009 e 2011.

O PS foi a longo destes anos e sempre o segundo partido mais votado e nas eleições de 2005 e 2019 elegeu três deputados, igualando o PSD.

O CDS-PP apenas teve um deputado no parlamento nacional em 1976, 2009, 2011 e 2015.

Nas eleições de hoje, o círculo eleitoral da Madeira, tinha inscritos 256.463 eleitores recenseados para eleger seis deputados escolhidos entre das candidaturas Movimento Alternativa Socialista (MAS), MPT - Partido da Terra, JPP, Alternativa Democrática Nacional (ADN), PSD/CDS-PP, PTP, RIR, Ergue-te, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV), Iniciativa Liberal, PS, Livre, PPM, PAN e Chega.

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