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Livre aponta à direita e promete levar "a utopia e a poesia" à AR

O cabeça de lista por Setúbal do Livre acusou hoje a direita de "não ter ideias" e o número um pelo Porto mostrou-se confiante na eleição, afirmando que o partido vai levar "a utopia e a poesia" ao parlamento.

Livre aponta à direita e promete levar "a utopia e a poesia" à AR
Notícias ao Minuto

23:27 - 27/01/22 por Lusa

Política Legislativas

O Livre juntou cerca de uma centena de pessoas no auditório do Liceu Camões, em Lisboa, para o primeiro e único comício da campanha que intitulou como "Festa de encerramento", apesar de ainda ter agenda para o último dia de corrida eleitoral.

Paulo Muacho, cabeça de lista pelo círculo de Setúbal, subiu ao palco, logo após um momento musical, para afirmar que os adversários do Livre não estão à esquerda, mas sim à direita.

"Os nossos adversários estão à direita e a política que a direita nos quer impor, que não tem nada para oferecer ao país, às novas gerações e não tem nada de novo para nos dar. Esta é uma direita que não tem ideias e não tem propostas e aquelas que têm são péssimas", advogou.

Muacho acusou a direita de querer "retrocessos no Estado social", a "privatização do SNS [Serviço Nacional de Saúde]" ou o fim da escola pública, "que continua a ser em pleno século XXI o único elevador social que Portugal tem".

"Estes novos partidos da direita na verdade eles são a velha direita com outros nomes, com uma imagem mais moderna, com 'slogans' mais apelativos, mas são a mesma direita que convive mal com as conquistas do 25 de Abril, que continua a querer explorar quem trabalha, que continua a querer viver à custa do Estado", atirou.

O dirigente considerou ainda que é importante "resistir a esta pressão inaceitável do voto útil, a esta tentativa de deturpar a democracia e aquilo em que as pessoas acreditam e que querem votar".

"Seremos, esperemos, mais do que um para não deixarmos o coitado do Rui Tavares sozinho na Assembleia da República", gracejou o cabeça de lista pelo Porto, Jorge Pinto, que interveio momentos depois.

O portuense abordou uma crítica por vezes feita ao partido de que defende medidas um pouco utópicas ou de difícil concretização.

"Quando é que a esquerda deixou de ser utópica e poética? Quando é que deixou de ter coragem de pensar futuros radicalmente diferentes? Nós somos utópicos e somos poéticos e vamos levar a utopia e a poesia à Assembleia da República", declarou o dirigente, com uma plateia que o aplaudiu várias vezes de pé.

Vincando que as pontes que o partido quer construir são "à esquerda", Jorge Pinto afirmou que o Livre será "o braço ecologista de uma futura maioria de esquerda, que irá acontecer no próximo dia 30".

O candidato pelo Porto deixou ainda um alerta, dizendo que "provavelmente nenhum outro conceito está em disputa na vida política portuguesa como o conceito de liberdade", advertindo para que não se deixem "enganar que a liberdade é apenas dos mais fortes contra os mais fracos".

Leia Também: Livre quer voltar à AR "para ficar" e recuperar "liberdade para esquerda"

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