PSD quer "conquistar o eleitorado do Chega", diz Costa
O "maior poder desses partidos de extrema direita é quando eles ganham a capacidade de condicionar e influenciar os partidos democráticos", sustenta Costa.
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Política Eleições antecipadas
A temática da extrema-direita, em Portugal representada pelo Chega, continua a dominar as declarações dos líderes dos dois partidos com maior representação parlamentar. Desta feita, António Costa veio agora sustentar que, neste momento, o PSD já "desistiu de disputar" o bloco central com o PS, estando agora "concentrado no objetivo de conquistar o eleitorado do Chega".
Para sustentar essa afirmação, durante uma arruada em Setúbal, o líder do PS vem comentar as declarações recentes de David Justino, vice-presidente do PSD, à CNN Portugal. Na perspetiva do atual primeiro-ministro, Justino assumiu, com as suas intervenções, "que para o PSD não há linhas vermelhas no diálogo com o Chega".
"Essa existência de linhas vermelhas entre os partidos democráticos e os partidos de extrema direita é uma linha fundamental que ninguém pode e deve ultrapassar", defende ainda o dirigente socialista. Até porque o "maior poder desses partidos de extrema direita é quando eles ganham a capacidade de condicionar e influenciar os partidos democráticos", completa ainda António Costa.
Feito o raciocínio, o líder do PS deixa uma questão que considera "fundamental": "se vamos passar a ter um Governo que passe a ser condicionado pela extrema-direita no Parlamento", conclui. Isto porque, na sua ótica, o PSD até já foi visto a "mitigar as posições do Chega".
Referindo novamente estar disponível para "dialogar com todos", à exceção do Chega, António Costa refere que esse está a ser o "erro enorme que o PSD está a cometer". "Um erro que nenhum outro partido da direita democrática cometeu" em contexto europeu, volta a relembrar.
No que toca a um eventual diálogo com o partido liderado por Rui Rio, o atual primeiro-ministro mostrou alguma abertura. Lembra uma "reforma" recente, feita "em conjunto com o PSD, sobre o Sistema de Comando das Forças Armadas", nas declarações feitas esta quinta-feira à comunicação social.
Deste modo, assume um compromisso: "gerar os consensos" capazes de darem "estabilidade ao país" e "tranquilidade aos portugueses".
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