Ao final quase duas horas de caminhada pelas ruas da capital, ao lado do presidente do Volt Europa, Reinier van Lanschot, sob o roxo das bandeiras e entre apoiantes e a banda que marcou o passo e animou os espíritos durante todo o percurso, Tiago Matos Gomes chegou à Assembleia da República.

Para já, foi só destino final de mais uma ação na reta final da campanha para as legislativas, mas no dia 30 de janeiro é para lá que o presidente do Volt quer que os eleitores o levem.

"Sonhamos um bocadinho mais alto e querermos tentar eleger (deputados) em Lisboa e no Porto, mas se conseguirmos entrar na Assembleia da República já será excelente", disse à Lusa, manifestando-se otimista quanto à estreia do partido na corrida ao parlamento.

Recordando a última legislatura, Tiago Matos Gomes sublinhou que um deputado único pode fazer muita diferença, "para o bem e para o mal", ao levar à Assembleia temas que de outra forma não seriam discutidos.

"Com o Volt, é para o bem", assegurou, afirmando que se o partido cumprir o objetivo de eleger pelo menos um deputado, esse deputado fará a diferença.

"Vamos obrigar o Governo, PS ou PSD, qualquer que vença agora as eleições, a governar melhor em prol dos portugueses e de uma forma europeia, de uma forma pragmática", apontou.

Sobre aquilo que distingue o partido dos restantes, o presidente e cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa destacou precisamente esse europeísmo e pragmatismo.

"Nós somos um partido do centro pragmático, que tem uma ideia sobre Portugal, sobre aquilo que é a nossa visão da Europa e de Portugal, uma visão de conjunto a nível politico, social e económico", resumiu, defendendo que, entre os partidos mais recentes, o Volt é o "primeiro partido moderado" e do "centro pragmático".

Quanto às prioridades para o país, Tiago Matos Gomes insistiu no tema da habitação, defendendo residências estudantis em todas as universidades e institutos politécnicos e, quanto ao ambiente, reiterou o objetivo da descarbonização até 2040, da transição energética e de colocar em cima da mesa a energia nuclear como complemento às energias renováveis.

Sentado em frente ao parlamento, depois de percorrer a pé cerca de quatro quilómetros, distribuindo folhetos por quase tantos quantos aqueles com quem se cruzou, o candidato faz ainda um balanço positivo da campanha eleitoral.

"Correu muito bem, a recetividade das pessoas foi muito boa e sinto que cada vez mais as pessoas vão conhecendo o que é o Volt e começam também a conhecer as nossas propostas", relatou.

"É um sinal de que as ideias europeias, o ambientalismo europeu, trazer boas práticas europeias para o parlamento pode ser uma solução para ajudar a que haja uma melhor governação", acrescentou.

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