"A precariedade não pode ser a única alternativa a oferecer aos jovens"

Inês Sousa Real diz que o partido que lidera tem estado "isolado", na Assembleia da República, no que à "defesa dos jovens" diz respeito.

Inês Sousa Real

© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Ema Gil Pires
27/01/2022 17:21 ‧ 27/01/2022 por Ema Gil Pires

Política

Eleições Antecipadas

Numa arruada em Coimbra, local também conhecido como sendo a "Cidade dos Estudantes", Inês Sousa Real trouxe ao debate política várias questões inerentes aos direitos das gerações mais jovens. Em declarações aos jornalistas, a líder do PAN ressalvou que a "precariedade não pode ser a única alternativa que temos a oferecer aos nossos jovens".

Neste âmbito, a deputada defendeu que o partido que lidera tem estado "isolado", no contexto da Assembleia da República, no que à "defesa dos jovens" diz respeito.

Uma das propostas que, relembra, foi feita pelo PAN passava pelo "fim dos estágios precários". "Não conseguimos que os outros partidos viabilizassem que esta iniciativa fosse votada ainda no final desta legislatura, para garantir que os jovens não tenham de estar dois anos a trabalhar sem qualquer tipo de apoio financeiro", argumentou ainda a líder do partido.

Já ao nível da investigação académica, Inês Sousa Real alerta para a necessidade de garantir uma "valorização" das carreias e um "aumento das bolsas de investigação". Isto porque, acredita, Portugal não está a ser capaz de "captar os seus talentos", perdendo-os "para outros países".

A deputada alerta ainda para a necessidade de existir uma maior aposta naquilo que é o "potencial jovem", no qual se inserem os setores da "cultura", das "artes" e da "inovação", descreve. E, na sua perspetiva, os dois partidos com maior representação parlamentar em Portugal (PS e PSD) não têm sido capaz de servir "os interesses dos jovens deste país".

Sousa Real fez ainda alguns ataques diretos a outras forças políticas, nomeadamente no que concerne as temáticas da preocupação ambiental e animal, uma das principais bandeiras eleitorais do partido.

A deputada fala da existência de um "negacionismo crasso" quanto às alterações climáticas quando outros partidos "rejeitam" algumas das propostas apresentadas pelo PAN que pretendem, de modo concreto, "transformar" a prática de pecuária intensiva e, consequentemente, reduzir o seu "impacto ambiental".

Numa crítica direta ao Iniciativa Liberal, a dirigente do PAN lembra que o partido liderado por João Cotrim de Figueiredo "não votou a favor quanto à Lei de Bases do Clima", acusando o partido de ter "uma perspetiva muito economicista daquilo que é a sociedade e o meio ambiente" e de olhar "para o meio natural como um mero recurso"

"Se as pessoas querem levar à Assembleia da República esta preocupação com o meio ambiente e com a proteção animal, a única alternativa política que têm é o PAN", diz ainda Inês Sousa Real, apelando ao voto.

Leia Também: Líder do PAN apela ao voto para 'romper' com políticas de PS e PSD

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