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Rio reitera não ser contra subida do SMN e diz ter "proposta séria"

O presidente do PSD repetiu hoje que não é contra o aumento do salário mínimo nacional (SMN), defendendo ter uma "proposta séria" para uma "economia robusta", ao contrário de "fazer demagogia", como António Costa.

Rio reitera não ser contra subida do SMN e diz ter "proposta séria"
Notícias ao Minuto

19:01 - 26/01/22 por Lusa

Política Legislativas

Durante a campanha eleitoral para as legislativas, o PS recuperou declarações de Rui Rio proferidas em 2020, quando o líder do PSD se manifestou contra a subida do SMN, em 2021, mas Rui Rio justificou hoje a sua posição, referindo considerar desadequado o esforço financeiro para fazer subir muito o salário mínimo nacional, num contexto de pandemia.

"Não deve haver nenhum português da extrema-direita à extrema-esquerda que ache que  o salário mínimo nacional é um salário  confortável e que as pessoas podem viver com aquele dinheiro. Todos nós percebemos que não. Agora, a diferença é entre fazer uma proposta séria, ter uma economia robusta, capaz de pagar salários cada vez mais altos. Outra é fazer demagogia como ele [António Costa] faz, a dizer que nós somos contra, porque eu, em ano de pandemia, entendi que não era o ano mais adequado para andar a subir de uma forma muito elevada o salário nacional", declarou.

Em matéria de salário mínimo nacional, o programa eleitoral do PSD defende, em primeiro lugar, que é "em sede de concertação social que o tema deve ser decidido, entre os diferentes parceiros sociais" e que o aumento "deve estar em linha com a inflação mais os ganhos de produtividade".

O PSD propõe ainda, no seu programa, a convergência entre o salário mínimo nacional com o salário mínimo da Administração Pública.

Rui Rio falava nas Conversas Centrais, cujo tema foi dedicado ao regime e que teve como convidados o ex-deputado socialista e mandatário distrital do PSD em Leiria, Henrique Neto, e Manuel Pinto Teixeira, encontro que decorreu após uma arruada no centro de Leiria.

Durante o encontro, Rui Rio criticou ainda a estratégia de marketing do PS para tentar ganhar as eleições, dizendo que o partido de António Costa está a fazê-lo "deturpando" as propostas dos outros e "mentindo" sobre elas, para gerar "confusão" no eleitorado e "amedrontar" os adversários.  

"Os homens de marketing que o PS resolveu contratar dizem que a forma mais eficaz de lá chegar é deturpar as propostas dos outros, mentir sobre elas e criar a confusão, porque, quem está no poder, esta é uma estratégia possível para amedrontar quem quer entretanto vir para o poder", referiu.

E prosseguiu: "Eu compreendo a racionalidade disto, não compreendo é no patamar ético como é que se pode fazer uma coisa destas. E a mim nem que os homens do marketing dissessem 20 vezes que era assim que tinha que ser, eu recusava-me a fazer uma estratégia dessas, como aquela que o PS está a fazer".

Antes do encontro, o presidente do PSD participou numa arruada no centro da cidade, onde foi muito solicitado para tirar 'selfies' e ouviu palavras de incentivo, ladeado por Henrique Neto, Paulo Mota Pinto, e em que participou também o ex-secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro.

"Oh doutor! É agora! É agora, desta vez! Desta vez não falhem, antes que eles tragam a 'troika' outra vez! Força!", gritava um homem, tentando chamar a atenção de Rui Rio, que depois lhe agradeceu, apertando-lhe a mão.

Mais à frente, uma mulher gritava que era preciso pôr a "escumalha toda fora", ao que Rui Rio respondeu: "eu não sou nenhum super-homem, sou um homem normal". Desejando-lhe boa sorte, a mulher retorquiu: "eu acredito em si".

Leia Também: "A decisão está entre avançar com o PS, ou recuar com o PSD"

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