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As legislativas vistas lá fora. "Portugal não está imune ao populismo"

Financial Times destaca que, caso o Chega se torne na terceira política em Portugal, cai por terra a ideia de que o país é imune ao populismo de extrema-direita.

As legislativas vistas lá fora. "Portugal não está imune ao populismo"
Notícias ao Minuto

11:17 - 26/01/22 por Notícias ao Minuto

Política Eleições antecipadas

O jornal britânico Financial Times publicou esta quarta-feira, na sua versão online, um artigo sobre as eleições legislativas em Portugal e a ascensão do partido Chega.

Descrevendo André Ventura como alguém que “aprimorou o seu estilo político beligerante como comentador” de programas de futebol que “regularmente degeneravam em insultos e gritos”, o jornal aponta que “as polémicas chegaram um público muito mais amplo” e que, segundo as sondagens, o partido fundado por si poderá chegar a ser a terceira força política em Portugal. “Um resultado que poderia extinguir a ideia - celebrada até há pouco pelos portugueses - de que o país estava imune ao populismo de extrema-direita”, lê-se.

A pouca diferença nas sondagens entre o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD), “pode tornar o apoio do Chega essencial para a formação de um governo de centro-direita”.

Durante a campanha e debates, o líder do Chega - que ingressou na política como vereador do PSD e agora “fala em tornar-se vice-primeiro-ministro num governo liderado pelos social-democratas” - frisou uma série de “propostas contenciosas”, que vão desde prisão perpétua por crimes violentos, castração química para pedófilos, taxa única de imposto de renda e uma redução do tamanho do Parlamento. Também a corrupção é “um tema constante”, destaca o jornal. 

“Da mesma maneira que os adversários descrevem a sua carreira de comentador na televisão como impulsionada pelo desejo de exposição nos media em vez da paixão pelo futebol, eles veem a sua política mais guiada pela ambição pessoal do que pelo fervor ideológico”, acrescenta o artigo. 

É ainda referido a adesão de André Ventura ao grupo europeu de extrema-direita Identidade e Democracia em 2020 e os quase 12% de votos que o Chega conquistou nas eleições presidenciais do mesmo ano.

No domingo, o partido “pode ganhar mais de 6% dos votos” e ultrapassar o Bloco de Esquerda e o PCP, que desde 2015 “apoiam o governo socialista minoritário de António Costa”. Mas, na ótica do jornal, os partidos de esquerda serão "provavelmente punidos pelos eleitores por desencadearem eleições dois antes do previsto ao rejeitarem o Orçamento do Estado para 2022”.

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