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Líder do CDS quer "descalçar" esquerda e diz que "cheira a fim de ciclo"

O presidente do CDS-PP quer "descalçar" a esquerda e dar "um novo andar" ao país por considerar que já "cheira a fim de ciclo", esperando que o PS seja derrotado nas legislativas como foi na Câmara de Lisboa.

Líder do CDS quer "descalçar" esquerda e diz que "cheira a fim de ciclo"
Notícias ao Minuto

18:58 - 24/01/22 por Lusa

Política Legislativas

A caravana do CDS rumou esta tarde a Mirandela, distrito de Bragança, para um contacto com a população.

Ao lado do cabeça de lista pelo distrito, António Lemos Mendonça, Francisco Rodrigues dos Santos percorreu algumas ruas do centro da cidade e distribuiu as já habituais canetas e panfletos que o acompanham nesta campanha eleitoral para as eleições legislativas do próximo domingo.

Uma vez que havia pouca gente na rua, o presidente do CDS ia entrando no comércio local e falando com quem estava atrás do balcão. E ao chegar a uma sapataria, um elogio de duas mulheres que estavam à porta da loja à sua espera: "Surpreendeu-me no discurso ultimamente, gostei muito de o ouvir falar".

"Você tem um sapatinho para mim ou não? Que é para ver se o país ganha um andar novo a partir do dia 30", respondeu Francisco Rodrigues dos Santos.

"Temos de calçar bem o pé direito no dia 30 e descalçar o pé esquerdo", disse de seguida.

Antes, numa farmácia, e questionado pelos jornalistas, recusou precisar de tomar calmantes nesta campanha, justificando que é "uma pessoa tranquila, otimista" e com "fé em Deus".

"E acredito que me levará sempre pelos melhores caminhos, a mim e ao meu partido, e nós vamos surpreender nestas eleições. Contados os votos, o CDS vai-se afirmar em urnas, tenho a certeza", defendeu.

Mais à frente, à pergunta se é preciso dar gás à volta ao país que termina na sexta-feira, o líder centrista considerou que já imprimiu "bastante energia positiva na campanha".

"Não precisamos de mais, já estamos no ponto certo, e o gás também está caro, por isso é que defendemos a diminuição da carga fiscal para baixar o preço", acrescentou.

À porta de outra loja, onde aproveitou para comprar alheiras, foi aconselhado por um comerciante a entender-se com outros partidos para fazerem "uma geringonça do lado direito".

Em declarações aos jornalistas no final da arruada, o presidente do CDS-PP antecipou uma viragem na governação do país.

Considerando que os portugueses esperam "uma mudança de políticas, de ideias, de protagonistas, de receita para o futuro de Portugal", Francisco Rodrigues dos Santos disse "neste momento cheira a final de ciclo" no país.

"António Costa cheira a Fernando Medina, cheira a derrota do Partido Socialista no país. E eu recordo os portugueses quem foram os partidos que se entenderam em Lisboa para tirar a cidade, a capital do país do socialismo e a devolver aos lisboetas, foi o PSD e foi o CDS", salientou.

Na ocasião, o líder centrista voltou a ser confrontado com as declarações de António Costa, que admitiu dialogar com todos os partidos à exceção do Chega, e considerou que um "arranjinho de bloco central não vai mudar rigorosamente nada".

Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que o secretário-geral do PS e primeiro-ministro "neste momento já percebeu que não haverá maiorias absolutas em Portugal e está a estender a mão a Rui Rio, que já tinha afirmado anteriormente que estava disponível para formar um bloco central de interesses".

E referiu que Costa também já percebeu que "aquela 'ecogeringonça' com todos os partidos e mais alguns é inviável, não garantem soluções de equilíbrio e de compromisso de governo".

Apontando que "nenhum dos dois partidos do centrão terá maioria absoluta", o centrista pediu uma "votação forte" no CDS para que PSD e centristas se entendam após eleições legislativas no sentido de encontrar uma solução de governo.

"Da minha parte e do CDS não estamos interessados em entender-nos com António Costa porque um voto no CDS é um voto contra o PS e a extrema-esquerda, contra o bloco central de interesses" e "por uma nova maioria de direita no parlamento", salientou.

Leia Também: “A direita não traz soluções, acrescenta problemas", diz Catarina Martins

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