"Quer livrar-se da geringonça". El País faz perfil de António Costa
Jornal espanhol recorda Costa, em 1993, quando este organizou uma corrida entre um burro e um Ferrari para provar o problema dos engarrafamentos na capital. Na altura, então com 33 anos, o socialista concorria à Câmara Municipal de Loures.
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Política Eleições antecipadas
Um "socialista que quer livrar-se da geringonça". Assim é o título do perfil do primeiro-ministro português, António Costa, feito pelo jornal espanhol El País.
A publicação foi feita este domingo e recorda Costa, em 1993, quando este organizou uma corrida entre um burro e um Ferrari para provar o problema dos engarrafamentos na capital. Na altura, então com 33 anos, o socialista concorria à Câmara Municipal de Loures. Na altura não ganhou a corrida a esta autarquia, mas provou o que queria provar, uma vez que "o burro chegou à meta cinco minutos antes do Ferrari".
O jornal aponta Costa como um político experiente que, se ganhar as eleições no dia 30 de janeiro, poderá ser o político que mais tempo esteve à frente de um Governo desde a Revolução dos Cravos. Detalha ainda como o socialista quebrou tabus com "apostas arriscadas" como a que tomou em 2015, com a geringonça, para formar Governo.
"Está na política há muito tempo e usa a engenhosidade para além da ortodoxia ideológica. Se vencer as eleições no próximo domingo, dia 30, poderá tornar-se o primeiro-ministro português com o mandato mais longo desde a Revolução dos Cravos. Mesmo que perca e renuncie, como prometeu, é já o político português mais experiente no poder desde que se estreou, aos 21 anos, como deputado na Assembleia Municipal de Lisboa em 1982", descreve o jornal espanhol.
Ao longo do artigo, o percurso do atual primeiro-ministro é percorrido bem como os seus ideais e origem dos mesmos. "Pertence à família socialista com mais cumplicidade com a esquerda do que com o liberalismo. A sua origem pode explicar também a facilidade com que derrubou o muro que dividia comunistas e socialistas: é filho do escritor Orlando de Costa, comunista que sofreu represálias durante a ditadura, e da jornalista feminista Maria Antónia Palla", lê-se ainda.
Recorde-se que António Costa luta por uma maioria absoluta que não o leve a ter de depender de uma nova geringonça. Segundo disse, ao longo de toda a campanha, só uma vitória assim poderá garantir um Governo estável que o permita concretizar tudo o que ambiciona para o país.
Porém, e apesar da ambição do socialista, uma maioria absoluta não é um cenário provável, de acordo com as várias sondagens à intenção de voto dos portugueses, pelo que terá de fazer cedências.
Catarina Martins, do Bloco de Esquerda e antiga parceira de geringonça, já se mostrou disponível para uma reunião no dia 31 de janeiro, em caso de vitória de Costa, de modo a viabilizar um Governo a quatro anos.
Enquanto dia 31 de janeiro não chega, Costa intensifica a campanha para alcançar a sua meta. Esta segunda-feira, o secretário-geral do PS referiu que o salário mínimo nacional pode "ir além" dos 900 euros até 2026.
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