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CDS e IL acusam de "trazer Presidente da República para a campanha"

O CDS e a IL acusaram hoje, à saída do "debate das rádios", o secretário-geral do PS, António Costa, de "trazer o Presidente da República para a campanha", com o primeiro-ministro a rejeitar estas acusações.

CDS e IL acusam de "trazer Presidente da República para a campanha"
Notícias ao Minuto

14:20 - 20/01/22 por Lusa

Política Legislativas

Durante o debate promovido pela Antena1, TSF e RR, que reuniu sete dos nove partidos com representação parlamentar, na sede da RTP, em Lisboa, António Costa afirmou que o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, lhe imporá limites, como fez Mário Soares, em caso de uma maioria absoluta socialista.

"Quem é que acredita que com um Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa uma maioria do PS podia pisar a linha? Não só pela sua experiência como constitucionalista, não só pela confiança que merece dos portugueses?", questionou o secretário-geral do PS, António Costa, durante a iniciativa, assinalando ainda que o chefe de Estado "é de outra família política distinta da do PS".

À saída do debate, que decorreu nas instalações da RTP, o presidente da IL, Cotrim Figueiredo, considerou que é "um enorme descaramento o primeiro-ministro trazer o Presidente da República para esta campanha" e argumentou que o chefe de Estado, ao não tem poderes executivos, "não vai estar, no dia a dia, a verificar, a contradizer e a resistir às tentações que, inevitavelmente, uma maioria absoluta do PS traria".

Já Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS-PP, achou "curioso que António Costa, em vésperas de eleições, tenha chamado o Presidente da República para o debate da campanha eleitoral".

"Algo deve estar verdadeiramente a preocupá-lo para ter chamado à colação o Presidente da República, que é de uma família política diferente da sua", atirou o líder do CDS-PP.

Francisco Rodrigues dos Santos criticou ainda o secretário-geral do PS pelo "mau tom" com que se referiu ao antigo Presidente, Aníbal Cavaco Silva, recordando que foi o líder partidário "que mais maiorias absolutas teve" em Portugal. Durante o debate, António Costa tinha declarado que o antigo chefe de Estado "não é exemplo para ninguém".

Questionado sobre as críticas destes líderes partidários, António Costa referiu que estava a responder a uma pergunta que lhe foi feita no debate sobre o Presidente da República e que "teria sido indelicado não responder".

"A sua colega fez-me uma pergunta sobre o Presidente da República, e eu respondi que aquilo que era pacífico e consensual entre todos os portugueses. Temos um Presidente da República que é querido e respeitado pelos portugueses e que garante a todos o cumprimento das suas funções de controlo da ação governativa. Eu não trouxe o Presidente da República", defendeu-se, apontando que "teria sido indelicado não responder".

Para a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, que também falou aos jornalistas à saída do debate, a regulação de uma maioria absoluta "não deve estar nas mãos do Presidente da República".

Do lado da CDU, o comunista João Oliveira observou que o líder do PS "procura empurrar para a intervenção do Presidente da República a possibilidade de impedir que essas medidas negativas [numa maioria absoluta] possam acontecer".

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