"Controlo do espaço público é o que está em disputa. Chama-se democracia"
Francisco Louçã considera que o ciberataque ao Grupo Impresa é "muito mais" do que "uma expressão da acumulação criminosa".
© Globa Imagens
Política Francisco Louçã
Francisco Louçã considera que o ataque informático à SIC e ao Expresso é "muito mais" do que "uma expressão da acumulação criminosa". Numa publicação feita no Facebook, na segunda-feira, o antigo coordenador do Bloco de Esquerda reagiu ao ciberataque ao Grupo Impresa, defendendo que é o espaço público que está em disputa.
"A pirataria informática contra estes dois órgãos de comunicação social parece ser só mais uma expressão da acumulação criminosa. Mas é muito mais do que isso. É a exploração da vulnerabilidade das redes comunicacionais, a manifestação da ganância destruidora e a imposição da limitação à informação. O controlo do espaço público é, por isso, o que está em disputa. Chama-se democracia", escreveu na sua página naquela rede social.
Mais à frente, o bloquista reage ainda a alguns comentários que relacionam este ataque com o caso Rui Pinto, afirmando que "comparar Rui Pinto com estes piratas, o que é absurdo, e mesmo, em alguns casos, elogiar estes ladrões".
"Graças a Rui Pinto, a justiça conseguiu investigar corrupção e branqueamentos de capitais em vários clubes de futebol. Todo os principais, já agora. Isso incomoda muita gente", acrescentou ainda.
O grupo Impresa foi alvo de um ataque informático este domingo, dia 2, que fez com que várias das suas páginas - como das televisões SIC e SIC Notícias, do jornal Expresso e da Blitz - ficassem inacessíveis, situação que se mantém à hora de publicação desta notícia.
O grupo Impresa já fez saber através de um comunicado que “tem trabalhado com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança” nesta situação, afirmando também que “apresentará uma queixa-crime".
O jornal Público publicou uma mensagem, na segunda-feira, onde se solidariza com a situação do grupo.
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