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"Vamos lutar por esse objetivo, reforço eleitoral e reforço de deputados"

O secretário-geral do PCP estabeleceu como meta da CDU nas legislativas de 30 de janeiro aumentar o número de deputados, mas considerou que a dimensão e força do partido não dependem apenas dos resultados eleitorais.

"Vamos lutar por esse objetivo, reforço eleitoral e reforço de deputados"
Notícias ao Minuto

06:21 - 31/12/21 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

"O nosso objetivo é tentar reforçar a CDU em votos e em mandatos", referiu Jerónimo de Sousa, em entrevista à agência Lusa, a propósito das eleições, sustentando que o aumento de deputados "dá mais garantias para que sejam encontradas convergências que conduzam à melhoria das condições de vida" e à resolução da "situação do país, que é preocupante".

No entanto, o dirigente comunista não quis quantificar o que poderia ser um mau resultado para o partido: "Não sou capaz de responder a essa pergunta, sinceramente. Somos uma força séria, uma força combativa, uma força de conquista de direito. Esta confiança resulta do percurso, do papel do PCP na Assembleia da República e na sociedade portuguesa (...). Vamos lutar por esse grande objetivo, reforço eleitoral e reforço de deputados".

O secretário-geral do partido não desvaloriza "a avaliação que se tem de fazer de cada resultado eleitoral", mas defendeu que o PCP é uma força política que "não pode ser só medida pelas eleições".

"Há uma influência real, objetiva, no quadro social em que nos movemos. Sabe o que é que as pessoas mais me afirmam? 'Vocês são os que defendem os interesses dos trabalhadores'. Não estou aqui a fazer cena, nem a inventar. É este reconhecimento que, como disse, vai muito para além do resultado eleitoral", concretizou.

Jerónimo de Sousa rejeitou que haja uma desvalorização das eleições. O que há é uma direção diferente da dos partidos "que vivem das eleições, do poder, com as consequências depois nas suas opções políticas e sociais".

Volvidos 100 anos, o partido conseguiu "este acerto entre um partido com uma grande intervenção social e laboral e simultaneamente um grupo parlamentar de grande combatividade, de grande capacidade, que usa a instituição como campo de intervenção, luta e proposta".

Em 2019, a CDU registou o pior resultado em eleições legislativas em percentagem e votos e recuou de 17 para 12 deputados (dez do PCP e dois do PEV), o mesmo número que tinha tido em 2002.

A CDU é atualmente a quarta força política na Assembleia da República e nas últimas eleições legislativas obteve 332.473 votos, ou seja, 6,33% do total de 5.251.064 de eleitores que votaram, de acordo com a informação disponibilizada pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

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