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Costa? "Se não continuar tem lugar em Bruxelas. Quem ficar que se amanhe"
Em entrevista à CNN Portugal, o secretário-geral do PS reiterou que se demite se perder as eleições legislativas. Para Ana Gomes, António Costa "encaixa sempre" - em Lisboa ou em Bruxelas -, pelo que é "tempo dos militantes do Partido Socialista saírem do conforto da modorra".
© Getty Images
Política Ana Gomes
Ana Gomes recorreu ao Twitter para comentar a entrevista de António Costa, emitida pela CNN Portugal nesta segunda-feira. Para a diplomata, o primeiro-ministro "confirmou" que, para si, estas eleições são o "tudo ou nada". Mas... Costa "encaixa sempre": como chefe de Governo ou "em Bruxelas", criticou.
"Ora, como eu disse há semanas, confirma-se que para António Costa, nestas eleições, é 'tudo ou nada': maioria absoluta ou vai embora", começou por apontar Ana Gomes.
E vai mais longe: "Ele encaixa sempre… se não continuar primeiro-ministro, terá lugar em Bruxelas. Quem ficar que se amanhe: [é] tempo dos militantes do Partido Socialista saírem do conforto da modorra".
Ora, como eu disse há semanas,confirma-se q p/ @antoniocostapm nestas eleições é “tudo ou nada”: maioria absoluta ou vai embora.Ele encaixa sempre…se ñ continuar PM,terá lugar em Bruxelas. Quem ficar q se amanhe: tempo dos militantes @psocialista saírem do conforto da modorra. https://t.co/c4haKZWEUr
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) December 27, 2021
Recorde-se que, na entrevista ao canal, António Costa pediu o voto de "metade mais um" dos eleitores que forem às urnas em 30 de janeiro, sem recorrer ao termo "maioria absoluta", e reiterou que se demitirá se perder as eleições legislativas.
"Se uma pessoa é primeiro-ministro durante seis anos, se durante seis anos os portugueses têm a oportunidade de acompanhar e avaliar o trabalho, e se ao fim de seis anos não dão confiança ao primeiro-ministro com uma vitória eleitoral, bom, isso é manifestamente um voto de desconfiança dos portugueses no primeiro-ministro e, então, aí eu tenho de tirar as devidas conclusões e demitir-me", assinalou.
Já confrontado com o "enterro" da solução de Governo à Esquerda, designada por 'Geringonça', Costa rejeitou essa hipótese: "Não podemos, não devemos dizer que morreu de vez".
O primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, rejeitou ainda negociar acordos de Governo a dois anos com o PSD de Rui Rio - "Não. Esse é um cenário que nunca se colocará" -, defendendo que "o país precisa mesmo é de estabilidade durante quatro".
Leia Também: Costa pede "metade mais um" dos votos e reitera que se demite se perder
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