"Raros casos de aumento da população". Louçã fala em "país mais dividido"
Resultados provisórios dos Censos 2021 mostram que a população residente em Portugal é de 10.344.802 pessoas. País registou um decréscimo populacional de 2,1%.
© Global Imagens
Política Francisco Louçã
"A redução da população por município, 2011-2021. E os raros casos de aumento de população. Um país mais dividido". Foi este o comentário que Francisco Louçã, comentador e fundador do Bloco de Esquerda, fez, esta terça-feira, a propósito de um mapa do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a variação da população residente em Portugal.
Neste, é possível ver que os "raros casos" de que fala o economista em que a população aumentou ocorreram no litoral - especialmente nas zonas de Lisboa, Porto e no Algarve.
Em contraste, o interior do país surge cada vez mais desertificado, com a variação da população a chegar, em certas zonas, à faixa entre os -21,5%; -12,7%.
De acordo com os resultados provisórios dos Censos 2021, divulgados no passado dia 16 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população residente em Portugal é de 10.344.802 pessoas.
Os dados mostram ainda que o país registou um decréscimo populacional de 2,1% e que se acentuaram os desequilíbrios na distribuição da população pelo território, com uma maior concentração da população no litoral e junto à capital.
Paralelamente, "agravou-se também o fenómeno de envelhecimento da população, com o aumento expressivo da população idosa e a diminuição da população jovem: em 2021 existem 182 idosos por cada 100 jovens".
Por outro lado, frisou o INE, a população estrangeira residente em Portugal cresceu cerca de 40% face a 2011, fixando-se em 555.299 pessoas.
Os resultados definitivos dos Censos 2021 só deverão ser conhecidos no quarto trimestre de 2022.
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