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"Incoerência de Rui Rio merece a nossa desconfiança", diz PS

No dia da entrega das listas de candidatos a deputados, Duarte Cordeiro procurou distanciar António Costa de Rui Rio, acusando o PSD de "incoerência", de "insensibilidade" e de fazer regressar rostos do tempo de Pedro Passos Coelho.

"Incoerência de Rui Rio merece a nossa desconfiança", diz PS
Notícias ao Minuto

16:02 - 20/12/21 por Melissa Lopes

Política PS

"Eleger António Costa como primeiro-ministro, para criar um Governo novo para quatro anos, que tem objetivos muito concretos: combater a pandemia, recuperar a economia e aumentar os salários médios dos portugueses". São estes os objetivos definidos para o PS para as próximas eleições legislativas, de 30 janeiro, sintetizados por Duarte Cordeiro, à margem da entrega das listas de candidatos a deputados do partido à Assembleia da República no Palácio de Justiça,

Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS aproveitou para lançar farpas ao principal partido da oposição, considerando que a "união do PSD, no fundo, é o regresso das caras e dos rostos das pessoas que foram protagonistas do tempo de Passos Coelho".

Duarte Cordeiro, que integra a lista do PS por Lisboa, acusou também o PSD de "alguma insensibilidade" e de querer criar "afinidade" com o Chega.

"Verificámos alguma insensibilidade no discurso de Rui Rio. A insensibilidade de Rui Rio teve um objetivo único que foi criar alguma afinidade com outros partidos, nomeadamente com o Chega", apontou o socialista, assinalando que André Ventura até chegou a "elogiar alguns aspetos do discurso" do líder do PSD. "Essa insensibilidade, e a recuperação de alguns rostos do passado, só nos faz lembrar de uma coisa: a Direita de Passos Coelho", criticou.

"O PS faz um contraste muito grande com este PSD. O dr. António Costa faz um contraste muito grande com o dr. Rui Rio", acentuou. E, erguendo mais uma vez as bandeiras dos socialistas, Duarte Cordeiro assegurou que o PS está "focado nos problemas dos portugueses". 

Questionado sobre cenários de governabilidade, respondendo ao repto lançado por Rio sobre se o PS viabilizará um governo do PSD, o socialista acusou o líder social-democrata de uma "enorme incoerência".

"Rui Rio diz uma coisa e faz outra. Se fosse coerente, e se não merecesse desconfiança o que nos diz, quando tivemos as eleições dos Açores, quem ganhou as eleições foi o PS  e, no entanto, o PSD não viabilizou um governo do PS. Construiu uma coligação com o Chega. (...) Há uma incoerência grande entre o que Rui Rio diz e o que Rui Rio faz. Essa incoerência merece a nossa desconfiança e merece a desconfiança dos portugueses", insistiu. 

Duarte Cordeiro afirmou mesmo que o PS tem "todo o direito de desconfiar daquilo que Rui Rio vai dizendo aos portugueses. Porque quando teve a oportunidade de fazer aquilo que agora propôs, não o fez".

"O que é preciso para os próximos quatros anos é um governo de estabilidade", declarou Duarte Cordeiro, considerando que o PS é o partido que "está em melhores condições" de o assegurar.

"Todas as outras propostas que temos ouvido são propostas que propõem instabilidade (...) Soluções que resolvem o problema a dois anos. Não é isso que pretendemos", realçou, clarificando que a "estabilidade" que o PS oferece significa "maioria" e oportunidade de formar governo para os próximos quatro anos. 

O presidente do PSD defendeu este domingo, no encerramento do 39.º Congresso Nacional, que sempre que é possível entendimento com outras forças políticas, este é preferível à discórdia e "à mera tática partidária de curto prazo", recusando a "visão clubística" de adversários políticos tratados "quase como inimigos".

"Como tenho vindo a dizer, encaro como muito relevante, senão mesmo como decisivo para o futuro de Portugal, o diálogo entre partidos políticos", disse, no período dos cumprimentos, uma frase que recebeu palmas dos presentes.

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