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PAN repudia comportamento de militares da GNR e quer responsabilidades

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, repudiou hoje o caso dos sete militares da GNR suspeitos de agredir e sequestrar imigrantes em Odemira e defendeu que "todas as responsabilidades terão de ser apuradas".

PAN repudia comportamento de militares da GNR e quer responsabilidades
Notícias ao Minuto

19:44 - 17/12/21 por Lusa

Política Inês Sousa Real

"Repudiamos profundamente este caso de Odemira. Os crimes de ódio não podem ter lugar num estado de direito! O abuso de poder por parte de qualquer autoridade é sempre condenável", escreveu a líder do PAN na sua página oficial na rede social Facebook.

Inês Sousa Real defendeu que "Portugal tem de ser um país de pleno respeito pelos direitos humanos, onde todas as pessoas se sintam seguras" e refere que "não se compreende também como é que este caso só agora veio a público, após um ano, ainda para mais quando o Ministério da Administração Interna já tinha sido confrontado o caso de Ihor Homeniuk".

"Agora todas as responsabilidades terão de ser apuradas", salientou na mesma publicação, indicando que o PAN "vai desde já questionar o Ministério da Administração Interna, para que sejam prestados os devidos esclarecimentos".

Sete militares da Guarda Nacional Republicana são acusados de 33 crimes por alegadamente humilharem e torturarem imigrantes em Odemira, três destes elementos da GNR são reincidentes e já tinham sido condenados a penas suspensas por agressões a imigrantes em 2018.

A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) indicou hoje que abriu sete processos disciplinares aos militares da GNR suspeitos de agredir e sequestrar imigrantes em Odemira, após o novo inquérito judicial.

Na quinta-feira, a GNR esclareceu que dois dos sete militares encontram-se a cumprir pena de suspensão decretada pelo Ministério da Administração Interna, enquanto os outros aguardam medidas sancionatórias.

De acordo com a GNR, três dos agentes do Destacamento Territorial de Odemira são reincidentes, depois de terem estado "envolvidos em agressões a indivíduos indostânicos", em 2018.

O esclarecimento surge após uma investigação CNN/TVI divulgada na quinta-feira.

Num despacho de acusação de 10 de novembro e ao qual a CNN Portugal e TVI tiveram acesso, o Ministério Público refere que os militares cometiam os atos de tortura "em manifesto uso excessivo de poder de autoridade" e que "todos os arguidos agiram com satisfação e desprezo pelos indivíduos".

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