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Cotrim Figueiredo diz que Costa é hábil em agarrar-se ao poder

O presidente da IL defendeu hoje ser preciso "convencer os portugueses" da necessidade de mudança e que o voto "mais útil" é nos liberais, dizendo ao primeiro-ministro que Portugal não precisa de "governantes que se agarrem ao poder".

Cotrim Figueiredo diz que Costa é hábil em agarrar-se ao poder
Notícias ao Minuto

14:02 - 12/12/21 por Lusa

Política IL/Convenção

João Cotrim Figueiredo, reeleito para um novo mandato como presidente da Iniciativa Liberal (IL), encerrou hoje a VI Convenção Nacional quase exclusivamente focado nas eleições legislativas e em críticas cerradas ao Governo socialista liderado por António Costa.

Para o presidente da IL é fundamental "convencer os portugueses que é preciso mudar" e que "o voto mais útil" é na IL, considerando que a ideia de mudança é um passo que já começou a ser dado devido ao desgaste da atual governação do PS.

Trazendo José Sócrates e os seus ministros que assumiram pastas no executivo de António Costa para o discurso, o presidente liberal criticou um governo "gordo e anafado" e que "manteve más companhias" como PCP e BE.

Cotrim Figueiredo foi desfiando as críticas de um Governo "sem estratégia e sem qualquer vontade de reformar o país", com uma "cegueira e teimosia ideológica" e no qual impera "o nepotismo, o amiguismo" porque, segundo o liberal, os socialistas "acham-se donos disto tudo".

"Este é um Governo e um PS incompetente em tudo menos na propaganda e na manipulação", condenou.

Mas foi na ideia de um "Governo totalmente incapaz de assumir qualquer responsabilidade política" que o presidente da IL se dirigiu diretamente ao primeiro-ministro, "famoso pela sua habilidade em se agarrar ao poder".

"Portugal não precisa de governantes que se agarrem ao poder, precisa de governantes que devolvam esse poder às pessoas", disse, num recado direto a António Costa.

Os ministros Eduardo Cabrita, Francisca Van Dunem, Tiago Brandão Rodrigues e João Gomes Cravinho também estiveram na mira de João Cotrim Figueiredo, que voltou a apontar à ausência de crescimento económico.

"Um país que não cresce, com salários que não crescem, onde só crescem os impostos, cresce a imigração dos mais qualificados, cresce a falta de esperança, cresce o consumo de ansiolíticos. Este não é o país que nós queremos construir", sintetizou.

E por oposição a este país, o presidente da IL apresentou a visão "clara e coerente" que o partido tem para um "Portugal diferente" que os liberais querem construir, à cabeça com a retoma de um "ímpeto reformista".

Um "país alegre", em que os portugueses voltem a sentir que podem "subir na vida pelo mérito e pelo trabalho", com a economia a crescer e "com oportunidades para todos", inclusivamente para estudantes que não precisem da "cunha nem do cartão do partido certo".

Cotrim Figueiredo também defendeu a urgência de pôr "a saúde ao serviço dos portugueses e não ao serviço de uma ideia política" e uma "rede de segurança" para cuidar dos mais vulneráveis.

O compromisso com uma "justiça será mais célere" e um país em que "todos assumam as responsabilidades" faz parte da visão que os liberais têm para Portugal, onde "as pessoas, as famílias e as empresas deixem de viver nesta terrível dependência do Estado" e se cuide do ambiente "de forma inteligente".

"Olhamos para o exercício do poder com desapego e as nossas convicções não estão nem nunca estarão à venda", assegurou.

A IL quer um país "mais liberal e um povo mais livre" e a banda sonora escolhida segue esse ritmo: a subida ao palco de João Cotrim Figueiredo foi ao som de "I Want To Break Free", dos Queen, e o fim da convenção marcado pelo "Freedom", de Pharrell Williams.

Leia Também: Cotrim Figueiredo reeleito líder da Iniciativa Liberal com 94% dos votos

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