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"Não houve recusa de coligação. Houve um debate para fazer o normal"

O vice-presidente do PSD, André Coelho Lima, referiu, em entrevista à SIC Notícias, que a escolha do partido em seguir sozinho nas eleições legislativas se baseia numa lógica de "se afirmar diferenciadamente face aos outros".

"Não houve recusa de coligação. Houve um debate para fazer o normal"
Notícias ao Minuto

09:09 - 09/12/21 por Daniela Filipe

Política Legislativas

No rescaldo da divulgação das listas aprovadas pelo Partido Social Democrata (PSD) para as legislativas, o vice-presidente dos sociais-democratas, André Coelho Lima, reiterou as palavras de Rui Rio e assegurou que a exclusão de 40% dos deputados eleitos nada teve que ver com alianças a Paulo Rangel. Em entrevista à SIC Notícias, o responsável adiantou, ainda, que a decisão de não seguir com uma coligação com o CDS-PP nas eleições legislativas se baseia numa lógica de o partido “se afirmar diferenciadamente face aos outros”.

“Não houve recusa de coligação alguma. Houve apenas um debate em torno de fazer aquilo que é normal, que é o PSD apresentar-se sozinho a eleições”, assegurou André Coelho Lima, acrescentando que o que é normal “é que os partidos se apresentem a votos com aquele que é o seu programa, a sua imagem, aquilo por que lutaram para se afirmar diferenciadamente face aos outros”.

Além disso, o social-democrata justificou que, no entender do PSD, “as coligações pré-eleitorais devem existir em cenários excecionais”, como foi o caso de 2015, nas quais o partido tinha anteriormente governado em coligação com o CDS-PP e, portanto, “não fazia sentido apresentar-se a eleições separadamente”.

“Não havendo uma governação conjunta, é difícil antever uma governação de exceção que possa justificar isso mesmo”, prosseguiu.

Sobre as acusações do líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, que "o PSD decidiu estar mais próximo de António Costa do que de Sá Carneiro", André Coelho Lima atira que o partido apenas esteve coligado na ocasião acima descrita, e “num período conturbado, após a implantação da democracia”.

“O PSD tem um espaço político próprio, no centro ideológico naquele que é o panorama político português, e isto tem sido absolutamente coerente com o discurso de Rui Rio desde que é presidente do PSD e é importante esse posicionamento político como uma alternativa ao Partido Socialista (PS) ao centro que se afirme com a sua bandeira”, diz, enquanto segunda justificação para a decisão, rejeitando que o partido seja “um federador das direitas”.

“Os portugueses, dentro de cerca de um mês e meio, terão uma opção para tomar – manter António Costa como primeiro-ministro, ou eleger Rui Rio. Isto é a mensagem para um eleitorado do centro-direita, centro-esquerda, para todo o eleitorado. Perante esta opção, estamos absolutamente convictos que a alternativa que apresentamos, sobretudo para primeiro-ministro, a forma como há um desgaste progressivo no Governo do PS que se sente a cada dia, e como o PSD tem [sentido um crescendo] desde as autárquicas, significa apenas que o PSD está em condições de disputar a eleição com o PS”, sublinhou.

Quanto à divulgação das listas aprovadas pelo partido, nas quais 28 deputados foram ‘deixados de fora’ da proposta entre os 79 eleitos em 2019, alguns por vontade própria, outros por não fazerem parte das escolhas da Comissão Política Nacional, o presidente do PSD, Rui Rio, assumiu que a renovação foi um dos objetivos da direção, rejeitando que tivessem sido excluídos todos os nomes que não apoiaram a sua campanha.

Também o vice-presidente reiterou esta ideia, adiantando que a constituição das listas se baseou num “processo de escolha que é natural [para qualquer líder]”, tendo em conta a “competência e lealdade”, mas numa “lógica de renovação”.

“É também legítimo que qualquer líder partidário tenha consigo as pessoas que maioritariamente se reveem na estratégia que foi sufragada”, contrapôs, mas sublinhou que, no seu próprio distrito, três dos oito deputados em lista “foram confessadamente apoiantes de Paulo Rangel”.

“A circunstância de se ter sido apoiante de Paulo Rangel ou de se ter estado contra Rui Rio não é relevante para que alguém fique ou deixe de ficar”, apontou.

Leia Também: "O PSD decidiu estar mais próximo de António Costa do que de Sá Carneiro"

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