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Rangel lamenta falta de esforço da direção para unir o PSD

O ex-candidato à liderança do PSD Paulo Rangel afirmou na terça-feira à noite que não houve qualquer tentativa ou esforço de unidade por parte da direção na construção das listas de candidatos a deputados.

Rangel lamenta falta de esforço da direção para unir o PSD
Notícias ao Minuto

00:22 - 08/12/21 por Lusa

Política Legislativas

Num discurso duro dentro do Conselho Nacional, que decorre à porta fechada, segundo relatos feitos à Lusa, Rangel diz que não viu nenhum dos que o apoiaram nestas listas e lamentou que não tenha havido "um sinal construtivo" por parte da direção para acolher pessoas que tenham estado consigo nas diretas, dizendo que estas não são "rebeldes nem terroristas".

O eurodeputado salientou que teve mais de 47% dos votos nas diretas de 27 de novembro, que representam também as bases do PSD, e não apenas o aparelho, como tem sido dito pela direção.

Ainda assim, assegurou que apoiará Rui Rio na campanha para as legislativas de 30 de janeiro.

Perante os conselheiros, também o líder da distrital de Faro, Cristóvão Norte, que foi excluído das listas, fez um discurso muito crítico da forma como Rio conduziu o processo.

"Estas listas são um elogio à subserviência e uma homenagem à mediocridade, espero que se ganhar as eleições não faça um governo assim", apelou.

Na mesma linha, o antigo presidente da distrital de Setúbal Bruno Vitorino fez um discurso duro, dizendo estar em Évora a assistir a uma "noite das facas longas".

Na resposta, o secretário-geral do PSD, José Silvano, considerou que as escolhas das listas não têm impacto nos resultados das eleições e recebeu uma resposta irónica de Pedro Pinto, que também deixará o parlamento por vontade própria.

"Acabou de dizer vão fazer campanha com alegria e saiam de casa porque apesar de tudo o líder da oposição vai ser o Rui Rio", afirmou, dizendo não receber de ninguém lições de lealdade.

Ainda assim, vários críticos da atual direção continuam a acreditar que as listas serão aprovadas devido à proximidade das legislativas de 30 de janeiro.

Os líderes das distritais do PSD de Faro, Cristóvão Norte, de Viseu, Pedro Alves, ou de Coimbra, Paulo Leitão, que apoiaram Paulo Rangel nas últimas diretas, ficaram fora das listas de candidatos a deputados.

Outros apoiantes do eurodeputado, como o líder da distrital do Porto, Alberto Machado, e o ex-presidente da concelhia de Gaia, Cancela Moura, foram colocados em lugares não elegíveis, 40.º e 39.º pelo Porto, respetivamente.

Fora das listas ficaram também deputados de várias legislaturas como Luís Marques Guedes, Emídio Guerreiro ou Duarte Marques, bem como Ana Miguel dos Santos, que tinha sido cabeça de lista por Aveiro na última legislatura, ou o ex-líder da JSD Pedro Rodrigues.

Saem também os 'vices' da bancada Luís Leite Ramos, que tinha manifestado à sua distrital (Vila Real) indisponibilidade para voltar a ser deputado, Carlos Peixoto ou José Cesário, que tinham sido cabeças de lista em 2019 e não foram convidados a integrar as listas para as legislativas de 30 de janeiro.

O Conselho Nacional do PSD está reunido desde cerca das 22:00 de terça-feira, em Évora, para votar as listas de candidatos a deputados às legislativas de 30 de janeiro.

Leia Também: Presidente de Faro acusa Rio de "punir" quem não o apoiou

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