Jerónimo diz que país continua percorrido por assimetrias e desigualdades
O secretário-geral do PCP afirmou hoje que o país continua a ser percorrido por "assimetrias, desequilíbrios e desigualdades", apesar das "recorrentes lágrimas de crocodilo" que alguns vertem em nome do Interior esquecido.
© Global Imagens
Política Legislativas
"Estes e outros problemas do país têm um particular impacto na vida das populações do Interior, a braços com o despovoamento e a desertificação económica, com o magro investimento público, com as dificuldades e custos acrescidos para as micro, pequenas e médias empresas", afirmou o líder comunista em Tortosendo, Covilhã.
Jerónimo de Sousa falava para os militantes numa sessão pública, que decorreu na Escola EB 2,3 de Tortosendo, onde foi apresentada a lista de candidatos da CDU às eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022.
Após voltar à carga com a "continuada afronta" das portagens nas autoestradas do interior, como a A23, o secretário-geral do PCP deu como exemplo, o caso da Dielmar, "atirada para a insolvência, perante a passividade do Governo".
"Hoje, com os trabalhadores confrontados com a incerteza quanto ao seu futuro e a região mais pobre do ponto de vista do setor produtivo".
E, perante o cenário da empresa de confeções Dielmar, o líder comunista questionou-se sobre aquilo que os deputados do PS e do PSD, eleitos pelo círculo de Castelo Branco têm feito.
"Têm eles [deputados] contribuído para a denúncia desta situação e para a procura de soluções que a modifique? Ou, pelo contrário, são também eles responsáveis pelas políticas e pelas decisões que criaram todo este quadro de dificuldades, desigualdades e injustiças", questionou.
Jerónimo de Sousa sublinhou que as populações do interior só terão a ganhar com a eleição de deputados da CDU, "vozes comprometidas" com os interesses das populações e com a procura de soluções que permitam enfrentar os problemas do distrito de Castelo Branco.
"E é esse o nosso compromisso. É nesse objetivo que empenhamos toda a nossa ação, todos os nossos esforços: encontrar e concretizar soluções para os problemas dos trabalhadores, do povo e do país", sustentou.
O líder comunista, à semelhança do que tinha feito há algumas horas, na Guarda, passou grande parte do seu discurso, a apontar os problemas do país "agravados pela direita, a que chamam bloco central" e outros tantos a destacar as conquistas sociais alcançadas "por força" do PCP e da CDU.
Voltou também a atacar o PS, acusando-o de atirar o país para eleições, por ter recusado soluções, nomeadamente, as que o PCP propôs.
"Fê-lo porque viu aqui o que julgou ser a oportunidade para a ambicionada maioria absoluta, explorando os efeitos de uma encenada vitimização", frisou.
No entender de Jerónimo de Sousa, a construção de soluções "é a garantia que os trabalhadores e o povo encontram na CDU".
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