Açores: Rio separa águas regionais e nacionais. Bolieiro "está confiante"
Rui Rio reagiu à decisão de André Ventura de retirar o apoio ao Governo nos Açores, não se alargando em comentários. Lamentou a fragmentação partidária que dificulta a governabilidade, como está a acontecer nos Açores, onde "à primeira oportunidade, criam logo instabilidade".
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Política PSD
Na reação à decisão do Chega de retirar apoio ao Governo Regional dos Açores, o presidente do PSD, Rui Rio, quis separar as águas. "No continente, aquilo que está em causa é se pode haver uma coligação, ou não, entre o PSD e o Chega, antes ou depois das eleições. E aí não há acordo. Porque dizemos 'coligação, não' e o Chega diz que só há [acordo] se houver coligação. Há uma incompatibilidade", começou por dizer o líder social-democrata, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.
A questão dos Açores, continuou, "não é nada disso". "É apenas um apoio parlamentar com base num acordo que, salvo erro, tem só quatro pontos e que foi feito lá, à escala regional, e não à escala nacional".
Sobre o eventual chumbo do Orçamento nos Açores, e possível queda do Governo, Rui Rio disse que falou, "naturalmente" com o presidente do Governo Regional, assegurando que Bolieiro está, apesar de tudo, "confiante" na resolução da crise. Com André Ventura, o líder do PSD disse não ter falado.
Rio sublinhou que a "conclusão" que pode retirar, a nível nacional, "é que isto vai ter de se resolver nas eleições de 30 de janeiro".
"Ou há uma concentração de voto no PSD - um voto que é útil para conseguir estabilidade no país - ou, se houver uma grande fragmentação de votos em partidos pequenos, naturalmente que o país fica numa situação de governabilidade muito mais difícil", alertou, acrescentando que "para o sistema partidário nacional é positivo haver duas alternativas: ou o PSD ou o PS. Depois, quanto mais fragmentação houver, a governabilidade fica difícil, como agora se está a ver: na primeira oportunidade criam logo instabilidade nos Açores".
Rui Rio não confirmou que o deputado do Chega esteja em negociações com o Governo Regional dos Açores por se tratar de "matéria regional". "Em matéria regional não me meto", disse, vincando que se limitou a informar-se. Questionado sobre se poderá haver eleições antecipadas nos Açores, o presidente do PSD respondeu: "Das informações que tenho, acho que não".
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados, sendo que, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do Chega, dois do PPM, dois do BE, uma da Iniciativa Liberal e um do PAN.
Nos Açores, PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.
A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com a IL.
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