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PSD "não pode aceitar" que Governo assine acordo de fundos estruturais

O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel disse, na segunda-feira, que o partido "não pode aceitar" que o atual Governo assine o acordo de parceria com União Europeia para os fundos estruturais, antes das eleições legislativas.

PSD "não pode aceitar" que Governo assine acordo de fundos estruturais
Notícias ao Minuto

06:52 - 16/11/21 por Lusa

Política Legislativas

"O PSD não pode, em caso nenhum, aceitar o que Governo queira ou possa assinar o acordo de parceria entre a União Europeia e o Estado português, para os 24 mil milhões de euros dos fundos estruturais, antes das eleições", afirmou durante uma sessão de militantes em Viana do Castelo.

O candidato à presidência do PSD, que falava perante cerca de 250 militantes, acusou o Governo de se ter atrasado na preparação dos fundos do Portugal 2030 e que "agora está cheio de pressa" na sua concretização.

"Já que se atrasaram, só o povo pode legitimar um novo Governo para fazer um novo acordo de parceira. E aí sim. Nós teremos a hipótese de corrigir no Portugal 2030 os erros cometidos na chamada bazuca e de os compensar".

Rangel acusou o Governo socialista de ter "desenhado mal" o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), por estar "essencialmente voltado para o Estado, e não para a economia, para as empresas, para a livre iniciativa, para o setor social e não para o crescimento".

"Basicamente é para pagar despesas do orçamento. Isto está mal", destacou.

O candidato à liderança do PSD acrescentou que também com os 24 mil milhões de euros do Portugal 2030, o Governo poderia ter seguido o exemplo de outros países que articularam os apoios dos dois fundos.

"A Grécia tinha dois instrumentos, a bazuca e os fundos normais e procurou articular um com o outro para que as prioridades de um e de outro fossem compensadas e equilibradas. O nosso Governo como sempre atrasou-se", especificou.

Paulo Rangel criticou também a "pressa e rapidez" com que o Governo aprovou 14 compromissos entre o Estado e empresas privadas para o desenvolvimento de vários projetos mineiros.

"No dia seguinte à reprovação do Orçamento de Estado há que aprovar, a correr, 14, mas sem estudos de impacto ambiental (...) Um Governo que está a prazo, que tem à sua frente apenas dois meses e meio, desse força e rapidez para se fazerem os estudos de impacto ambiental e o novo Governo, caso a caso, olhando aos interesses que estão em causa, e com base no estudo de impacto ambiental decidiria se há ou não concessões de exploração para fazer", observou.

Estamos um pouco como no faroeste. Condene-se primeiro e julga-se depois", sublinhou.

No discurso que proferiu aos militantes da capital do Alto Minho, e que durou mais de meia hora, Paulo Rangel disse que o objetivo "central" da sua candidatura à liderança do PSD "é a de oferecer a todos os portugueses uma alternativa credível à governação socialista, para tirar Portugal da anestesia em que o PS mergulhou o país, nos últimos seis anos".

"Uma anestesia que fez com que o país fosse ultrapassado por mais de cinco Estados da União Europeia, durante estes seis anos. Aliás, estamos mesmo à beira de sermos ultrapassados pelo sexto. Portugal esteve seis anos em que cada vez ficou mais como o carro vassoura da Europa com a governação socialista de António Costa, do PS e dos seus parceiros da geringonça", afirmou.

O candidato à liderança do PSD, lamentou a falta de oposição do PSD nos últimos seis anos, e referiu o atual presidente do partido "quer fazer em 15 dias a oposição que não fez em quatro anos".

"Já havia muitos motivos para criticar o Governo socialista e não vimos crítica nenhuma", reforçou.

Paulo Rangel disse ter "a convicção interior de que chegou a hora do PSD governar", e que protagoniza "uma alternativa forte e credível" para o país, pedindo "uma maioria absoluta ou estável para governar", com "um programa reformista para os principais setores que hoje disse estarem em "colapso", apontando como exemplo o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Prometeu ainda que a "primeira prioridade", caso seja eleito presidente do PSD, será "unir" o partido.

"Se for eleito promoverei a unidade e a união. Quero um PSD forte e coeso que se possa apresentar como alternativa credível", referiu.

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