"É absurdo" que Presidente exija acordo escrito após as eleições
Marcelo recorda que nunca pediu qualquer acordo escrito para sustentar a geringonça.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Política Presidente da República
O Presidente da República afirmou, esta sexta-feira, que é absurdo que vá exigir um acordo escrito entre partidos a seguir às eleições legislativas.
"A minha exigência de um acordo escrito a seguir às eleições é um absurdo", garantiu Marcelo Rebelo de Sousa, à margem do encerramento do 32.º Congresso de Hotelaria e Turismo, no Algarve.
O Chefe do Estado desmente, assim, uma notícia avançada recentemente pelo Expresso, que indicava que o Presidente estaria inclinado para "exigir garantias de compromissos" no sentido de "avalizar determinadas soluções de Governo".
"Antes de o povo escolher, o presidente estar a pronunciar-se sobre aquilo que ele deve escolher? Isso não existe. O povo é livre de escolher", declarou aos jornalistas.
Por outro lado, Marcelo recordou que nunca exigiu qualquer acordo escrito para viabilizar um governo, no passado.
"É um cenário que antecipa a expressão da vontade do povo", apontou.
Além disso, para Marcelo Rebelo de Sousa, essa exigência representaria "uma mudança de orientação do Presidente da República em relação ao passado", já que "a regra na democracia portuguesa é não haver exigência de acordos escritos".
E, mesmo os acordos já exigidos "não previam a obrigação de voto nos orçamentos", mas sim a obrigação de os negociar.
Não podemos dizer que haja uma tradição ou uma prática do que quer que seja."
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