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"Sondagens, neste momento, valem zero", mas apontam para "bipolarização"

Luís Marques Mendes considera que "vai ser muito difícil ter um governo de maioria de coligação entre dois ou três partidos" nas próximas legislativas. Ainda assim, refere que as primeiras sondagens apontam para a preocupação dos portugueses com a questão da estabilidade.

"Sondagens, neste momento, valem zero", mas apontam para "bipolarização"

Luís Marques Mendes defendeu, este domingo, que as sondagens já divulgadas sobre as legislativas valem de pouco, mas que mostram que haverá uma "forte bipolarização" entre PS e PSD.

Para o comentador, "vai ser muito difícil ter um governo de maioria de coligação entre dois ou três partidos", até porque "à esquerda a geringonça acabou, faliu e não se repete". Contudo, as primeiras sondagens mostram que os portugueses estão preocupados com a falta de estabilidade e gostariam que, das eleições, resultasse uma maioria absoluta por esse motivo.

No que diz respeito ao sentido de voto propriamente dito, Marques Mendes desvalorizou as sondagens.

"Neste momento, acho que valem zero. Primeiro, porque há um partido fundamental nesta matéria que ainda não escolheu o seu líder, o PSD", defendeu, acrescentando que a maioria dos eleitores só tomam uma decisão em meados de janeiro, "depois das entrevistas com os líderes e, sobretudo, depois dos debates."

No espaço habitual de comentário no Jornal da Noite da SIC, Marques Mendes defendeu que a escolha da data de 30 de janeiro para as eleições legislativas foi "muito equilibrada, sensata, independente e imparcial", ainda que permita ao PSD realizar as eleições internas.

"Acabou por ser uma decisão consensual", referiu, elogiando que Marcelo não tenha escolhido a data mais pedida pelos partidos - 16 de janeiro - e evitado assim que se realizem debates no período de Natal e de Ano Novo. "Seria um absurdo, um disparate e um convite à abstenção."

O social-democrata disse mesmo que "o Presidente da República está de parabéns porque conseguiu fazer um consenso". Além disso, "esteve bem no discurso, foi claro".

Para o comentador, aliás, o chefe do Estado "tem estado bem" em todo este processo, "com exceção de ter recebido Paulo Rangel na data e na semana em que recebeu".

"Teria sido melhor, para evitar ruído, que o recebesse na semana anterior ou duas semanas mais tarde", considerou.

"Não houve fraudes, não houve insultos, não houve golpadas"

Sobre o Conselho Nacional do PSD, que reuniu este sábado, em Aveiro, Luís Marques Mendes considera que Rui Rio "teve uma pesada derrota" e Rangel "uma vitória clara".

"Claro que isto não quer dizer que os militantes vão decidir no mesmo sentido, mas obviamente é um mau sinal para Rui Rio", apontou.

Sobre o Conselho Nacional em si, o comentador apontou que, "comparado com o do CDS, o PSD deu um grande exemplo de democracia interna".

"Não foi um Conselho Nacional deprimente como o do CDS. Houve urbanidade, houve elevação, não houve fraudes, não houve insultos, não houve golpadas. Nesse plano, o PSD saiu muito melhor que o CDS", afirmou Marques Mendes.

Por fim, o social-democrata defende que, a partir de agora, tanto Rio como Rangel não deveriam perder mais tempo a falar de questões internas do partido, mas sim do país.

"Prestavam um grande serviço à democracia", sublinhou. "Se fizerem isso, eu acho que o país tem mais interesse em ouvi-los do que propriamente ouvir a pré-campanha do Partido Socialista."

"Acho que eles deviam pensar, a partir de amanhã, só falar do país e para o país. Já chega de calendários e de quotas, as pessoas estão fartas disso", concluiu.

Leia Também: Rio e Rangel acordaram em data de Congresso. Para diretas, venceu Rangel

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