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"Não tenho grande urgência em sacudir pó das sandálias e pôr-me a andar"

António Lobo Xavier revelou, no programa 'Circulatura do Quadrado', que fica no CDS. "Entendo os outros, mas não tenho nenhuma vontade de sair", apontou o centrista.

"Não tenho grande urgência em sacudir pó das sandálias e pôr-me a andar"
Notícias ao Minuto

09:50 - 04/11/21 por Notícias ao Minuto

Política Lobo Xavier

António Lobo Xavier, militante do CDS, dissertou, no programa da TVI24 'Circulatura do Quadrado', onde é comentador, sobre a situação política interna do partido. Quanto à debandada que ocorreu com a saída de diversos nomes sonantes, foi taxativo: "Entendo os outros, mas não tenho nenhuma vontade de sair"

E mais: "Um partido que não seja capaz de manter, ao mesmo tempo, o Francisco Rodrigues dos Santos e o Nuno Melo, o António Pires de Lima, o Adolfo Mesquita Nunes, a Cecília Meireles e, se quiser, o Filipe Anacoreta Correia... Se não é possível manter este número de pessoas que são as figuras que a opinião pública conhece e que se habituou a ver... Se não é possível mantê-las com o mínimo de urbanidade e com o mínimo de respeito e de entendimento político, não há nada a fazer".

Lobo Xavier deixou ainda uma questão. "Pontes para quê se estas pessoas não tomam elas próprias os passos necessários para as fazer?"

Questionado sobre se pretendia abandonar o CDS, o militante fez um pequeno retrato da sua vivência no partido: "Eu estava lá antes de eles estarem [e] não tenho assim uma grande vontade nem uma grande urgência em sacudir o pó das sandálias e pôr-me a andar de uma casa onde sempre estive".

"Já a vi em más situações, já a vi com 4%, já a vi com quatro deputados, já fui líder parlamentar com quatro deputados... Não me impressionam essas vicissitudes da mesma maneira", terminou. 

De recordar que, no passado sábado, o CDS viveu um 'dia negro' com a saída de seis militantes, entre eles Adolfo Mesquita Nunes, António Pires de Lima e Inês Teotónio Pereira. 

Ainda de lembrar que o Conselho Nacional do CDS-PP aprovou o adiamento, para depois das eleições legislativas, do congresso eletivo do partido, que deveria realizar-se a 27 e 28 de novembro, em Lamego. O cancelamento do congresso por proposta do presidente do partido foi aprovado com 144 votos a favor (57,8%), 101 contra (40,6%) e quatro abstenções (1,6%), disseram à Lusa várias fontes que assistiram à reunião.

O 29.º Congresso do CDS-PP estava agendado para 27 e 28 de novembro, em Lamego, distrito de Viseu. São candidatos à liderança do partido o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, e o eurodeputado Nuno Melo.

Leia Também: Uma mão cheia de baixas. O retrato de um sábado 'negro' para o CDS

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