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Rio pede ao PSD que "pondere se vale a pena ir para disputa interna"

O presidente do PSD voltou hoje a pedir ao partido que "pondere se vale a pena ir para uma disputa interna", e "desatar aos tiros uns aos outros" quando o PS já está em campanha para as legislativas.

Rio pede ao PSD que "pondere se vale a pena ir para disputa interna"
Notícias ao Minuto

21:30 - 29/10/21 por Lusa

Política Rui Rio

"Faz-me lembrar a guerra do Solnado, em que nós pedimos: 'Ó PS, vocês não ataquem agora porque vamos andar aos tiros uns contra os outros e depois é que começamos a guerra'", afirmou Rui Rio, em entrevista à SIC.

Questionado se vai propor, como já fez no último Conselho Nacional numa proposta que saiu derrotada, a suspensão do calendário eleitoral interno, Rio disse não querer avançar já como vai ser "a questão procedimental".

"Eu para já o que estou a fazer não é propor adiamento nenhum, é que ponderem o que estão a fazer, ponderem se efetivamente vale a pena ir para uma disputa interna. Durante todo o mês de novembro e o início de dezembro quem é o meu adversário, Paulo Rangel ou António Costa?", questionou.

À pergunta se deve ou não haver eleições diretas em 04 de dezembro, como foi marcado no último Conselho Nacional do PSD há duas semanas, Rio foi claro.

"Eu acho que não pode haver eleições internas em qualquer partido, mas o que me interessa é o principal partido da oposição, que tem de construir uma alternativa para o país, e anda a ver quem vota neste e quem vota naquele e, entretanto, o PS começou a campanha eleitoral ontem", afirmou.

Às diretas de 04 de dezembro, apresentam-se como candidatos Rui Rio e o eurodeputado Paulo Rangel.

Rio reiterou "não ser entendível" que o principal partido da oposição, "depois de ter feito o trajeto de credibilização até às autárquicas", agora "deite isso tudo fora e se vire para dentro".

"E isso tanto faz a uma, duas ou a três semanas das eleições", considerou.

Rio recordou que, no último Conselho Nacional, a sua proposta de adiamento do calendário eleitoral foi chumbada quando muitos diziam que "não ia haver crise".

"Agora é real, não é preciso um líder da oposição, mas um candidato a primeiro-ministro", avisou.

Questionado se haverá um esforço de consenso, caso Rangel vença as diretas para presidente do PSD mas ainda não tenha órgãos eleitos em Congresso (marcado para janeiro, mas que apoiantes do eurodeputado querem antecipar para dezembro), Rio remeteu a pergunta para "quem acha que devemos entrar nessa balbúrdia agora", mas acabou por responder.

"Ou atiramos as legislativas para as calendas ou têm de ser feitas pelos órgãos em funções", afirmou.

Rio adicionou a esta outras perguntas, mantendo-se o calendário eleitoral já aprovado, como quem irá decidir sobre coligações pré-eleitorais, quem faz o programa eleitoral ou até quem decide as cores e as caras de quem vai estar nos cartazes de campanha.

"Por isso, é que digo, para que é que é que nos vamos meter nisso tudo?", repetiu.

Leia Também: Se PR marcar eleições para mais tarde "mostra que quis ajudar" Rangel

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