Em declarações aos jornalistas depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 já na generalidade, o deputado único e presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, denunciou "aquilo que já se perspetiva vir a ser a estratégia do PS nestas eleições", ou seja, "vitimizar-se e pedir maioria absoluta, sendo certo que o chumbo deste orçamento resulta das opções do PS".
"Nós vamos partilhar as nossas razões com o senhor Presidente da República quando formos a Belém. A data mais provável, neste momento é 16 de janeiro, como sabem. Do nosso ponto de vista, isso podia implicar uma pré-campanha e uma campanha demasiado em cima da época natalícia", respondeu, quando questionado sobre os calendários e os passos que se seguem nesta crise política.
Segundo Cotrim Figueiredo, os liberais preferiam "que fosse a 23 de janeiro", mas do ponto de vista partidário "isso é relativamente secundário".
"O país é mais importante, uma resolução rápida é importante, se o senhor Presidente da República quiser marcar as eleições para a semana anterior não seremos nós que nos vamos opor, mas achamos que devemos pensar para uma devida mobilização das pessoas, para um ato eleitoral bem participado, que a campanha e a pré-campanha eleitoral possam ocorrer com alguma folga em relação à quadra natalícia", defendeu.
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