Rio diz que PSD tem líder, mas situação é diferente do pós-autárquicas
O presidente do PSD e recandidato ao cargo defendeu hoje que o partido tem "um líder estabilizado", mas admitiu que está numa situação "um pouco diferente" do que no pós-autárquicas, das quais considera ter saído "em crescendo".
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Política PSD
No final do debate parlamentar e do 'chumbo' da proposta de Orçamento do Estado para 2022, Rui Rio foi questionado sobre a crítica do primeiro-ministro na intervenção de encerramento de que a "direita está em obras".
"Quando se refere que a direita está para obras não está seguramente a referir-se a um PSD perfeitamente estabilizado em 26 de setembro. O PSD saiu das eleições autárquicas em crescendo e o PS saiu a descer, a partir daí o PSD estava em excelentes condições de disputar legislativas, claramente para ganhar", afirmou.
Rio considerou que "tudo o que aconteceu nas últimas três semanas colocou o PSD numa situação um pouco diferente".
"Só por hipocrisia é que se pode dizer coisa contrária. Isso não quer dizer que o PSD não pode disputar eleições para poder ganhar e recuperar o tempo perdido nestas três semanas", disse.
Rio defendeu ainda que o PSD tem "um líder e esse líder está estabilizado durante o mandato", referindo-se a si próprio.
"Foi criada uma situação de instabilidade, responderei em altura própria", disse.
Em 14 de outubro, o Conselho Nacional do PSD marcou diretas para a liderança do PSD para 04 de dezembro e o Congresso para entre 14 e 16 de janeiro, um calendário inicialmente proposto pela direção, mas que, na véspera, defendeu o adiamento da marcação de eleições internas perante a ameaça de crise política, uma proposta que foi rejeitada.
No dia seguinte, apresentou-se publicamente como candidato à presidência do PSD o eurodeputado Paulo Rangel e, uma semana depois, o atual presidente Rui Rio.
Rio disse que hoje não responderia a questões internas sobre o PSD, recusando comentar o pedido de apoiantes de Rangel para a realização de um Conselho Nacional extraordinário para antecipar o congresso para entre 17 e 19 de dezembro, devido à crise política.
Ainda assim, à pergunta se está confiante que será o adversário de António Costa nas próximas diretas, Rio acabou por responder.
"Vou dizer que sim, mas não quero mesmo responder a questões internas perante a gravidade do que aconteceu hoje para o país", disse.
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