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Telmo Correia diz foi ouvido por Ferro enquanto líder parlamentar do CDS

O presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP afirmou hoje que o presidente da Assembleia da República lhe pediu a sua "opinião enquanto líder parlamentar" e recusou que exista "uma divergência entre calendários" com a direção.

Telmo Correia diz foi ouvido por Ferro enquanto líder parlamentar do CDS
Notícias ao Minuto

17:59 - 27/10/21 por Lusa

Política OE2022

Em declarações à agência Lusa, Telmo Correia afirmou que a conversa que teve com Eduardo Ferro Rodrigues "não carecia obviamente de nenhum tipo de autorização" e indicou que transmitiu ao presidente do parlamento "precisamente quais eram as posições públicas conhecidas do partido", incluindo a defesa de "eleições ou dissolução da Assembleia mesmo que o orçamento fosse aprovado".

"No entanto, aquilo que ele me pediu foi a minha opinião enquanto líder parlamentar, como conselho ao presidente da Assembleia, para que ele formasse a sua própria opinião que transmitiria hoje ao Presidente da República caso o orçamento venha a ser chumbado", salientou, indicando que falou com Ferro Rodrigues "a título pessoal".

Telmo Correia disse ter transmitido ao presidente da Assembleia da República que o CDS tem um congresso marcado para 27 e 28 de novembro que "foi o órgão máximo entre congressos que decidiu" e que foi "pedido pelo presidente do partido".

"Portanto o CDS, eu diria que feita a sua escolha interna, a partir de meados de janeiro, final de janeiro, princípio de fevereiro, estará preparado. Não há sequer uma divergência entre calendários", recusou, apontando que não pediu "um calendário atrasado".

"Não havendo eleições no Natal nem na passagem do ano, considerando que há 55 dias entre o momento de convocação e depois a apresentação das listas, nós estaremos sempre em janeiro", defendeu.

Na terça-feira, no final de uma reunião com o presidente da Assembleia da República no parlamento, o líder parlamentar do CDS-PP considerou que, em caso de dissolução, as eleições antecipadas poderão ocorrer em janeiro ou fevereiro.

Mais tarde, fonte da direção do partido afirmou à agência Lusa que "as declarações do Telmo Correia sobre a data das eleições só o vinculam a ele" e que, em caso de dissolução da Assembleia da República, a liderança defenderá "eleições legislativas o mais rapidamente possível".

Hoje, Telmo Correia considerou "muito estranha agora esta posição de uma divergência que não existe, a não ser que haja uma outra intenção que justifique esta irritação sem sentido".

E apontou que "há um calendário eleitoral, existem obrigações quer constitucionais, quer da lei eleitoral que às vezes parecem ser ignoradas, já não é a primeira vez, aconteceu o mesmo na substituição de deputados".

Apontando que tem "uma posição absolutamente institucional", Telmo Correia afirmou que, enquanto líder parlamentar, não é "apoiante de nenhum dos candidatos", apesar de o poder ser "como militante".

O deputado frisou também que "para ter uma opinião enquanto líder parlamentar é preciso ser eleito deputado e é preciso ser eleito pelos seus pares para ser líder parlamentar".

O presidente do Grupo Parlamentar centrista disse ainda que "é muito estranha esta posição e este acordar" para esta questão, uma vez que "porque não houve nunca nenhum interesse por parte do presidente do partido ou da direção em nada que tivesse a ver com o orçamento".

De acordo com Telmo Correia, os deputados tiveram conhecimento do sentido de voto do partido quanto ao Orçamento do Estado para o próximo ano "através de uma conferência de imprensa".

Telmo Correia disse que não se sentiu atacado com a posição da direção do partido, e que, se fosse esse o caso, teria respondido "num tom semelhante". Ao contrário, quis "fazer um esclarecimento sereno", defendendo que não é altura para o debate interno, que fará "quando chegar a altura".

E salientou que Francisco Rodrigues dos Santos "também sabe que, se tem esse tipo de desagrado, tem posições e atitudes que pode tomar", entre as quais retirar a confiança política.

Leia Também: Direção do CDS quer legislativas "o mais rapidamente possível"

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