Este aviso foi transmitido por José Luís Carneiro na Assembleia da República, no primeiro de dois dias de debate orçamental, numa intervenção em que salientou que a proposta de Orçamento é sempre "um dos mais importantes instrumentos de ação política".
"O voto contra é uma irresponsabilidade porque tem graves consequências. Como lembrou a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, dificulta a execução dos fundos europeus fragilizando as condições de recuperação económica e social; dificulta o combate ao trabalho precário; debilita os instrumentos de combate à pobreza e às desigualdades; e faz perder a oportunidade de realizar uma ampla redução da carga fiscal para as classes médias, para as famílias com filhos e para os jovens no início da sua atividade profissional", sustentou.
Na perspetiva de José Luís Carneiro, o Governo e o primeiro-ministro, António Costa, "têm mostrado uma irrepreensível cultura de humildade democrática, diálogo e abertura".
"Por isso mesmo, foi possível ir além da proposta de Orçamento. Alargou e densificou matérias de uma renovada agenda política, como a criação do estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS); a Agenda para o Trabalho Digno e a criação do Estatuto para os Profissionais da Cultura", apontou.
A proposta de Orçamento, de acordo com o "número dois" da direção do PS, "vai muito mais longe que as anteriores".
"Corresponde às necessidades das pessoas e às prioridades do país e é responsável em termos orçamentais. Assim como aconteceu em 2017, 2018 e 2019, estima um crescimento acima da média europeia", acrescentou.
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