Em declarações à Lusa, o presidente da mesa da Assembleia Municipal do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, confirmou ter recebido na segunda-feira ao final da tarde uma carta de renúncia de Alberto Martins.
A carta "não elenca ou evoca" os motivos da renúncia ao cargo de deputado municipal, acrescentou Sebastião Feyo de Azevedo.
Tendo por base uma carta dirigida ao recém-eleito presidente da mesa, o jornal Público avançou na segunda-feira à noite que Alberto de Sousa Martins renunciava ao mandato para que fora eleito.
A Lusa contactou o PS, mas até ao momento não obteve resposta.
Em 20 de outubro, o socialista Alberto Martins candidatou-se à presidência da Assembleia Municipal do Porto como "alternativa política" no seguimento do acordo de governação estabelecido entre o PSD e o movimento independente "Aqui Há Porto".
À presidência da mesa da Assembleia Municipal do Porto foram apresentadas duas candidaturas: a de Sebastião Feyo de Azevedo, cabeça de lista do PSD e a quem o movimento de Rui Moreira tinha já anunciado apoio, e a de Alberto Martins, cabeça de lista do PS.
O socialista e antigo ministro do Governo de António Guterres, que contou com 16 dos 46 votos, perdeu contra Sebastião Feyo de Azevedo, eleito, com 30 votos, presidente daquele órgão deliberativo do município.
O movimento independente de Rui Moreira, que venceu as eleições autárquicas sem maioria absoluta, e o PSD estabeleceram um acordo de governação para os próximos quatro anos.
O acordo prevê a incorporação de medidas contidas no programa social-democrata no Plano e Orçamento da Câmara do Porto para 2022, tais como a redução do Imposto sob o Rendimento Singular (IRS) entre um mínimo de 0,5% e 0,625% na componente municipal.
O PSD não tem representação nos pelouros do executivo, nem nas empresas municipais.
A Assembleia Municipal do Porto é composta por 15 deputados do movimento independente "Aqui Há Porto", oito deputados do PSD, oito deputados do PS, três deputados da CDU, três deputados do BE, um deputado do PAN e outro do Chega.