"Se estamos num caminho ascendente do partido, é evidente que ele deve ser continuado", defendeu Sónia Ramos, em declarações à agência Lusa.

A dirigente 'laranja' indicou que a Comissão Política Distrital (CPD) de Évora do PSD ainda não se reuniu para analisar as próximas eleições diretas no partido, pelo que desconhece "o sentimento geral" dos seus membros.

"Mas já comuniquei aos membros da CPD de Évora do PSD que entendo que há um projeto em curso, uma continuidade, que deve permanecer e, portanto, estarei com o atual presidente, Rui Rio", indicou.

Sónia Ramos destacou as "características pessoais" de Rui Rio e "o nível de seriedade do caminho que escolheu", admitindo, contudo, que uma ou outra decisão "pode ser questionável ou criticável".

"O facto de, há muitos anos, estarmos em oposição desgasta qualquer líder da oposição", mas Rui Rio "fez, com as condições que tinha, a travessia do deserto e, agora, que o projeto por ele traçado está a começar a dar frutos merece a nossa confiança", vincou.

Para a presidente do PSD de Évora, o partido teve nas eleições autárquicas deste ano resultados "muito satisfatórios" e que "inverteram a tendência" dos alcançados nas de 2017.

Sónia Ramos assinalou "o apoio dado à distrital", nas autárquicas de 26 de setembro, nomeadamente na escolha dos candidatos e com a presença na campanha de membros da direção de Rio em vários concelhos.

Questionada sobre a candidatura de Paulo Rangel, a dirigente social-democrata considerou que o adversário político de Rui Rio "é um homem com muitas qualidades, uma pessoa muito inteligente e um bom tribuno".

"Mas, ponderando tudo, julgo que o atual presidente do partido é aquela pessoa que tem as características necessárias para ser o próximo primeiro-ministro de Portugal", acrescentou.

No Alentejo, o presidente da distrital de Beja do PSD, Gonçalo Valente, na sua página na rede social Facebook, manifestou este sábado o seu apoio a Paulo Rangel, considerando que o eurodeputado reúne "as melhores condições" para vencer o partido e o país.

Contactado hoje pela Lusa, o presidente da Comissão Política Distrital de Portalegre do PSD, Cristóvão Crespo, disse que, enquanto dirigente, não vai manifestar apoio a qualquer candidato.

"Se achar que faz sentido dar a minha posição, o meu sentido de voto, com certeza o farei, mas penso que não faz muito sentido estar a tomar posição pelo coletivo quando é uma decisão individual de cada militante", acrescentou.

O atual presidente Rui Rio e o eurodeputado Paulo Rangel são, por enquanto, os dois únicos candidatos anunciados às eleições diretas para presidente da Comissão Política Nacional do PSD, marcadas para 04 de dezembro (com uma eventual segunda volta no dia 11, caso nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos, o que só poderá acontecer se existirem pelo menos três).

O prazo para a apresentação de candidaturas termina em 22 de novembro e o Congresso vai decorrer entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa.

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