Rio recandidata-se perante adversário com "pior resultado" do PSD
O presidente do PSD, que apresentou hoje a sua recandidatura, assumiu que não podia dar um passo atrás quando o seu adversário teve o "pior resultado da história" do partido, referindo-se às eleições europeias de 2019.
© Global Imagens
Política PSD
"Não fazia sentido que eu não me recandidatasse quando conduzi o partido a estes êxitos [referindo-se às eleições autárquicas de setembro], é evidente que não ia dar um passo atrás, principalmente quando o adversário que tenho teve o pior resultado da história do PSD [eleições europeias de 2019 em que Rangel foi cabeça-de-lista]", afirmou Rui Rio perante uma sala cheia num hotel do Porto, onde decorreu a apresentação pública da sua candidatura.
Imediatamente a seguir a esta afirmação, num momento dedicado a perguntas de jornalistas e após um discurso de 15 minutos, ecoaram palmas e gritos "Rio vai em frente, tens aqui a tua gente".
Quando falou no pior resultado da história do PSD, o social-democrata aludia às eleições europeias de 2019, em que Paulo Rangel era cabeça-de-lista.
Sem nunca referir o nome de Paulo Rangel, nem sequer quando instado a comentar a candidatura à liderança do PSD do eurodeputado, o social-democrata considerou que o partido está a "correr um risco que era desnecessário".
Para, de seguida, questionar: "as eleições legislativas serão em janeiro se o orçamento não passar, então não era mais prudente ver se o orçamento passava ou não e depois marcávamos as nossas eleições diretas?".
Não dava o PSD ao país um sinal de "muita mais calma, responsabilidade e maturidade", perguntou ainda.
Rui Rio, que foi contantemente interrompido pelas palmas, vincou que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tem a sua posição "fixa e definida" caso o Orçamento de Estado para 2022 for chumbado, ou seja, as eleições legislativas acontecerão em janeiro.
"Ele disse querer que o orçamento passe e que haja estabilidade, mas se não passar temos eleições legislativas em janeiro, ele disse isso, justamente horas antes do nosso Conselho Nacional", afirmou.
O social-democrata vincou que o Presidente da República não tem de atender aos partidos, mas sim aos interesses nacionais e "muito bem".
Entre os muitos presentes na sala, que estava muito preenchida, obrigando mesmo alguns a ficarem de fora, estavam o líder parlamentar, Adão Silva, o secretário-geral, José Silvano, o novo presidente da Assembleia Municipal do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, e os deputados Maló de Abreu e Hugo Carvalho.
Rui Rio foi eleito pela primeira vez presidente do PSD em 13 de janeiro de 2018 com 54% dos votos contra Santana Lopes e reeleito em 2020 com 53%, numa inédita segunda volta contra Luís Montenegro.
Nas últimas diretas, no Porto (maior distrital do PSD), Rui Rio - que aqui foi presidente da Câmara durante 12 anos - conseguiu 64% dos votos contra Luís Montenegro na segunda volta.
O PSD vai realizar eleições diretas para escolher o presidente no dia 04 de dezembro e o 39.º Congresso decorrerá entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa, e até agora apresentaram-se como candidatos Rui Rio e Paulo Rangel.
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