Conselho Nacional "correu bem ao partido, não a mim"
O eurodeputado do PSD Paulo Rangel defendeu hoje que o Conselho Nacional, em que anunciou que é candidato à liderança, "correu bem ao partido" e não a si.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Política PSD
À saída de um Conselho Nacional de cinco horas, Rangel não quis alongar-se em declarações aos jornalistas, dizendo não querer "gastar as palavras hoje", reservando-as para a apresentação pública da candidatura, pelas 17:00, num hotel em Lisboa.
"Aqui apenas anunciei, por deferência ao órgão máximo do partido entre congressos, amanhã farei a apresentação, que tem de ser feita aos militantes porque são eles os votantes", justificou.
Questionado se o Conselho Nacional lhe correu bem - foi chumbada por larga maioria uma proposta da direção para suspender o calendário eleitoral interno até à votação do Orçamento do Estado -, Rangel fez outra leitura.
"O Conselho Nacional correu bem ao partido, não a mim", defendeu.
Rangel anunciou esta madrugada a decisão de concorrer à presidência do PSD perante o Conselho Nacional do partido, dizendo que o PSD tem de deixar de ser "da espera" para passar a ser "da esperança".
"Não acredito num PSD cuja função seja estar sentado no sofá à espera que o Governo de Costa caia de maduro", afirmou.
As eleições diretas do PSD foram marcadas para 04 de dezembro e o Congresso vai realizar-se entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa, depois de o Conselho Nacional ter chumbado (por 71 votos contra, 40 a favor e 4 abstenções) a proposta da direção de Rui Rio para suspender o calendário eleitoral interno até à votação do Orçamento do Estado.
"Que o dia 04 de dezembro represente a fecundação do partido, que seja capaz de criar esperança", desejou Rangel.
Paulo Rangel, com 53 anos, é eurodeputado desde 2009, tendo sido por três vezes consecutivas cabeça de lista nas europeias pelo PSD, e é vice-presidente do Partido Popular Europeu.
Líder parlamentar do PSD entre 2008 e 2009, sob a liderança de Manuela Ferreira Leite, Rangel disputou a presidência do PSD em 2010, conseguindo 34,4% dos votos contra os 61% de Pedro Passos Coelho, numas eleições a que também concorreram José Pedro Aguiar Branco (3,42%) e Castanheira Barros (0,27%).
O presidente do PSD, Rui Rio, ainda não esclareceu se será ou não recandidato ao cargo.
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