Meteorologia

  • 28 MARçO 2024
Tempo
14º
MIN 11º MÁX 17º

"Resolução ponderada". Medina renuncia ao cargo de vereador em Lisboa

Carta foi enviada à Assembleia Municipal de Lisboa. "A minha saída da Câmara Municipal facilita a vida aos futuros órgãos da autarquia, reduzindo o nível de pessoalização do debate", considerou o socialista.

"Resolução ponderada". Medina renuncia ao cargo de vereador em Lisboa
Notícias ao Minuto

17:36 - 12/10/21 por Notícias ao Minuto

Política Fernando Medina

Fernando Medina renunciou, esta terça-feira, ao cargo de vereador no próximo executivo da Câmara Municipal de Lisboa, avança a TVI24. A decisão foi comunicada por carta à Assembleia Municipal. 

"Venho por este meio formalizar a minha renúncia ao cargo de vereador no próximo executivo camarário. Foi uma resolução ponderada, escutando e ouvindo a opinião de várias pessoas ao longo da última semana, mas no fim foi o que teria de ser sempre. Uma decisão individual", lê-se numa carta dirigida ao presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, José Maximiano Leitão, com a data de hoje, a que a Lusa teve acesso.

Recordando os cargos exercidos de vereador responsável pelas Finanças, durante dois anos, e de presidente da autarquia, durante seis anos, Fernando Medina sublinhou que o quadro político que saiu das recentes eleições autárquicas, realizadas em 26 de setembro, "é distinto" dos últimos oito anos e referiu que a sua renúncia é "a solução que melhor serve os interesses da cidade, o funcionamento das reuniões do executivo da autarquia e a capacidade de a oposição camarária se concentrar no futuro e não no passado".

"Ao contrário do Governo, onde só fazem parte do executivo membros nomeados pelo primeiro-ministro, a oposição nas autarquias integra o executivo. A minha saída da Câmara Municipal facilita a vida aos futuros órgãos da autarquia, reduzindo o nível de pessoalização do debate e concentrando a discussão política na procura de soluções para os desafios do futuro", expôs.

Apesar desta decisão, Fernando Medina realçou: "Não deixarei nunca de ter uma profunda ligação à cidade. Como disse há poucas semanas, e volto a repetir depois de os resultados serem conhecidos, Lisboa é a cidade da minha vida".

Na carta de renúncia, o socialista referiu ainda que não precisa de exercer qualquer cargo para continuar atento ao desenvolvimento de Lisboa, considerando que a cidade hoje apresenta "uma sólida situação económica financeira e um vasto conjunto de projetos em curso". Neste sentido, o presidente cessante assegurou que vai continuar "sempre civicamente ativo e empenhado" no que acredita ser o melhor para a capital do país.

Nas eleições autárquicas do passado dia 26 de setembro, recorde-se, Fernando Medina perdeu a autarquia para Carlos Moedas, o candidato pela coligação de Direita 'Novos Tempos'. No discurso de derrota, felicitou o social-democrata Carlos Moedas por "uma indiscutível vitória pessoal e política".

"Faço este momento de despedida com a consciência tranquila de quem deu o seu melhor, de tudo aquilo que tenho e que sei para servir esta cidade e para servir o seu povo", assinalou, ainda, na altura.

Fernando Medina foi presidente da Câmara de Lisboa desde 2015, ano em que substituiu o atual primeiro-ministro, António Costa, no executivo municipal. Agora, Carlos Moedas foi eleito com 34,25% dos votos, 'roubando' a autarquia ao PS, que liderou o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos. A tomada de posse está marcada para segunda-feira, 18 de outubro, pelas 17h00, na Praça do Município.

Segundo os resultados oficiais divulgados pelo Ministério da Administração Interna, a coligação Novos Tempos Lisboa (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) conseguiu sete vereadores, com 34,25% dos votos (83.121 votos); a coligação Mais Lisboa obteve sete vereadores, com 33,3% (80.822 votos); a CDU (PCP/PEV) dois, com 10,52% (25.528 votos); e o Bloco de Esquerda (BE) conseguiu um mandato, com 6,21% (15.063).

[Notícia atualizada às 19h29]

Leia Também: "Fernando Medina teve um gesto de grande dignidade e pedagogia"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório