Pedro Silva Pereira tece duras críticas ao Governo no que à problemática da natalidade diz respeito e nem a Igreja escapa. “Depois de ter conduzido, com o silêncio cúmplice da Igreja, a mais violenta política contra a natalidade de que há memória (…) o Governo quer agora convencer-nos de que está muito preocupado com a queda brutal no número de nascimentos”, escreve hoje o deputado socialista.
Para o ministro do Governo de Sócrates, a “decisão do Governo de aplicar o dobro da austeridade que estava prevista no memorando inicial da troika arrastou o país para uma situação inédita de três anos de profunda recessão”. Esta austeridade levou a um aumento do desemprego, em especial entre os jovens, obrigando-os a emigrar “em idade fértil”, o que contribuiu para a queda no número de nascimentos.
“A verdade é que a política do Governo (…) foi uma política de pura agressão contra a família e contra a natalidade, que deixará marcas profundas por muitos anos. Não é preciso nenhum grupo de trabalho para nos explicar esta evidência”, assegura Silva Pereira.
Agora que “as eleições de aproximam”, acusa o socialista, “o Governo parece convencido de que chegou o tempo de toda a propaganda e de todas as encenações”, referindo-se ao grupo de trabalho criado pelo Executivo para avaliar e implementar políticas de natalidade.
“Por cada fracasso, uma promessa. Por cada promessa, um grupo de trabalho”, conclui Silva Pereira.