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CDS pede reflexão sobre mudanças em leis estruturantes da Defesa Nacional

O CDS-PP afirmou hoje ter tomado "boa nota" da garantia presidencial de que está clarificada a questão sobre a chefia de Estado-Maior da Armada, mas pediu uma reflexão sobre recentes mudanças introduzidas em leis estruturantes da Defesa.

CDS pede reflexão sobre mudanças em leis estruturantes da Defesa Nacional
Notícias ao Minuto

15:48 - 30/09/21 por Lusa

Política CDS

Estas posições foram transmitidas no parlamento pelo deputado democrata-cristão Pedro Morais Soares, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter recebido na quarta-feira à noite o primeiro-ministro, António Costa, a pedido deste, e o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, sobre a situação na chefia do Estado Maior da Armada.

"O CDS-PP tomou boa nota do comunicado emitido pela Presidência da República esclarecendo que o assunto ficou clarificado, mas esta desarticulação a que se assistiu nos últimos dias não é boa para as Forças Armadas e não é boa para Portugal", advertiu Pedro Morais Soares.

Pedro Morais Soares não desenvolveu o tema relacionado com a intenção manifestada pelo Governo de substituir o atual chefe de Estado Maior da Armada, almirante Mendes Calado, pelo vice-almirante Gouveia e Melo, que até terça-feira coordenou o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal.

O deputado do CDS-PP referiu que se entra agora na fase de discussão do Orçamento do Estado para 2022, "o que para a Defesa Nacional é importante".

"Para o CDS-PP é muito importante a operacionalização dos meios da Marinha. É uma situação que temos vindo a alertar sistematicamente sobre a falta de meios existentes", disse.

Pedro Morais Soares adiantou então que o CDS-PP pretende saber se, em consequência das alterações introduzidas à Lei de Defesa Nacional e à Lei Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas (LOBOFA), "todos estão em sintonia e se todos pretendem dar de facto seguimento a essas mesmas alterações".

Na terça-feira à noite, fontes ligadas à Defesa Nacional disseram à agência Lusa que o Governo iria propor ao Presidente da República a exoneração do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado, cargo que ocupa desde 2018, tendo sido reconduzido para mais dois anos de mandato com início em março deste ano.

A agência Lusa noticiou também que o Governo o vice-almirante Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de vacinação nacional contra a covid-19, era o nome que o Governo iria propor para substituir o atual chefe do Estado-Maior da Armada.

Na terça-feira, após uma visita à Casa do Artista, em Lisboa, o Presidente da República afirmou que a saída do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante António Mendes Calado, antes do fim do mandato está acertada, mas não acontecerá agora, escusando-se a adiantar qual será a data.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que António Mendes Calado mostrou "lealdade institucional" no exercício do cargo e realçou que nesta matéria "a palavra final é do Presidente da República".

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas lamentou ver o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo envolvido em notícias sobre a substituição do chefe do Estado-Maior da Armada, numa situação que pode parecer "de atropelamento de pessoas ou de instituições".

Nos termos da lei orgânica das Forças Armadas, os chefes dos ramos são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, que deve ser precedida da audição, através do ministro da Defesa Nacional, do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

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