Francisco Assis vê na política do PSD práticas do Estado Novo

O cabeça de lista socialista às eleições europeias de 25 de maio, Francisco Assis, referiu, na quarta-feira, que a política do PSD tem práticas semelhantes às do Estado Novo.

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Lusa
06/03/2014 06:08 ‧ 06/03/2014 por Lusa

Política

Europeias

"Não tem nenhuma visão de novo a propor para o futuro, basta ver o que ocorreu no recente congresso do PSD, uma grande celebração do mais absoluto vazio, nenhuma ideia, nenhuma orientação, nenhuma ambição, nenhum projeto novo verdadeiramente para Portugal, apenas aquele discurso estafado, tão bem sintetizado na afirmação de um dos principais dirigentes do PSD (..) os portugueses estão pior, mas o país está melhor", afirmou Francisco Assis durante a apresentação da sua candidatura, no Porto.

Para Assis, "não há melhor definição do que é a visão do PSD para o país", lembrando, sem querer "fazer nenhum paralelismo ilegítimo com esse tempo, o professor Salazar com lingotes de ouro no banco de Portugal e os portugueses a passar fome em casa".

O PSD, considerou o candidato às europeias pelo PS, transformou uma política de ajustamento numa política de empobrecimento, por isso, "o problema não é a senhora Merkel, o problema do país é o doutor Pedro Passos Coelho".

E, acrescentou, "se houve partido despesista nos últimos anos na nossa vida política portuguesa esse partido não foi o PS, esse partido foi o PSD, claramente foi o PSD e foi o CDS".

O PS, segundo Assis, não tem medo de falar do passado, já o PSD tem receio de falar do presente porque "duplicou" a austeridade e "atacou" os funcionários públicos, pensionistas e reformados.

"Não querem discutir o presente porque sabem que falharam, porque sabem que as suas políticas conduziram ao desastre, agudizaram a crise, acentuaram as iniquidades sociais, destruíram grande parte da economia que vai levar alguns anos a recuperar, geraram no nosso país situações verdadeiramente incompreensíveis e inaceitáveis", frisou.

Considerando ter uma "grande responsabilidade" sobre os ombros, o candidato socialista às europeias realçou que nestas eleições também estará em causa o futuro do país, por isso, é "importante" ganha-las.

"Há muita gente descontente, há muitas pessoas que se sentem ludibriadas todos os dias pela forma como o Governo as tem tratado, há um país inteiro que olha para este Governo sem qualquer esperança, qualquer confiança e qualquer expetativa", argumentou.

Defendendo que o PS não quer encontrar soluções fora do euro, porque seria uma "catástrofe absoluta" para Portugal, Francisco Assis disse não ser aceitável ter no âmbito da União Europeia uma relação de devedores e credores.

Francisco Assis, ex-eurodeputado e ex-líder da bancada parlamentar do PS, é atualmente deputado socialista eleito pelo círculo do Porto, depois de, em 2011, ter defrontado e perdido as eleições para a liderança do PS contra António José Seguro.

 

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