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Terminal de cruzeiros é a "maior ameaça de poluição" em Lisboa

O movimento Nós, Cidadãos! fez hoje uma ação de campanha para as autárquicas no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, infraestrutura que considera ser "a maior ameaça de poluição" na capital.

Terminal de cruzeiros é a "maior ameaça de poluição" em Lisboa
Notícias ao Minuto

16:10 - 22/09/21 por Lusa

Política Autárquicas

O tema não é novo para o movimento: "O Terminal de Cruzeiros de Lisboa tem sido um dos nossos cavalos de batalha, (...) estamos extremamente preocupados com a poluição provocada pelos cruzeiros", diz Sofia Afonso Ferreira, que se candidata à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições de domingo e que vem escrevendo sobre o assunto na imprensa e o levou para os debates em que participou.

No terminal, ainda com algumas zonas em obras e muitas grades, estava atracado um navio de grande porte, que serviu de imagem para os números: "em 2018, os navios emitiram 2,9 milhões de toneladas de CO2, valor superior à totalidade das emissões dos automóveis que circulam diariamente nas cidades de Lisboa, Porto, Cascais, Sintra, Vila Nova de Gaia, Loures, Braga e Matosinhos".

A poluição causada pelos navios é "muito maior do que a dos carros", assinala a consultora de comunicação, sublinhando que o Nós, Cidadãos! não se opõe à redução do tráfego automóvel no centro da cidade, mas considera "bastante hipócrita" que a autarquia esteja focada apenas nos carros e nas bicicletas.

Sofia Afonso Ferreira cita um estudo da Federação Europeia para os Transportes e Ambiente, divulgado antes da pandemia, para dizer que Lisboa estava na "posição de sexta cidade europeia mais poluída pelos navios de cruzeiro".

O movimento propõe a abertura de "um concurso para que o terminal possa fornecer energia elétrica aos navios durante a noite, porque estarem estacionados durante a noite é realmente um grande problema em termos de poluição e qualidade do ar".

Sofia Ferreira considera que se "perdeu uma grande hipótese", durante a pandemia, para abrir o concurso e equipar o terminal, recordando que o vereador do Ambiente na autarquia lisboeta, José Sá Fernandes, fez essa "promessa".

Simultaneamente, o movimento de cidadãos defende "um debate esclarecido sobre o número de cruzeiros que vem para a cidade", considerando que "é impossível comportar" a quantidade registada antes da pandemia.

Os navios "têm de passar a respeitar as normas europeias e usarem combustíveis verdes e não poluentes", sublinham, frisando que não têm nada contra os cruzeiros em si, que movimentam a economia e geram postos de trabalho.

"Se agora fôssemos medir o ar, íamos provavelmente ficar assustados com a qualidade, ou falta de qualidade, do mesmo", alerta.

Sublinhando que a poluição em causa afeta outras zonas em redor de Lisboa, Sofia Ferreira acredita que o tema não se discute "porque há negócios por trás".

Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, no domingo, o atual presidente, Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).

Leia Também: Único presidente de câmara eleito pelo Nós, Cidadãos! recandidata-se

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