A socialista Ana Gomes elogiou as declarações de António Costa sobre o encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos, feitas no passado domingo, durante um comício nesta cidade do distrito do Porto.
Para a antiga eurodeputada, a “lição extraordinária” do primeiro-ministro, como descreveu no Twitter, só peca por tardia, pois só chegou nove meses depois do despedimento coletivo feito pela empresa.
“Sobre a intervenção (a “lição exemplar”) que o primeiro-ministro prometeu à Galp pelo brutal encerramento da refinaria em Matosinhos mais vale tarde do que nunca”, começou por escrever, acrescentando, contudo, que fica agora à espera “de ver o Governo (ministro da Economia?) reagir”.
Pois para Ana Gomes é necessário ver “atos”, “não basta falar”.
Sobre a intervenção (a “lição exemplar”) q PM prometeu à #GALP pelo brutal encerramento da refinaria em Matosinhos, expressei a opinião de q “mais vale tarde, q nunca”. Fico à espera de ver o Governo (Min. Economia?) reagir. Por actos, não basta falar. https://t.co/E2YQAsqwn5
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) September 21, 2021
Já na SIC Notícias, no seu espaço de comentário político habitual, nas noites de domingo, a antiga candidata à Presidência da República, tinha defendido o mesmo.
“Ainda hoje vimos o primeiro-ministro e bem a chamar a atenção para o desaforo, desatino que foi a intervenção na Galp, fechando a central de Matosinhos sem alternativas e com tremendas consequências. É este tipo de intervenção que, enfim, já podia ter sido feita há mais tempo, mas mais vale tarde do que nunca”, salientou.
Recorde-se que António Costa fez duras críticas à Galp pelo despedimento coletivo na refinaria de Matosinhos, no passado domingo, durante um comício nesta cidade nortenha.
Entre outras acusações, o secretário-geral do PS afirmou que “era difícil imaginar tanta asneira e disparate” e tanta “falta de consciência social e irresponsabilidade” por parte da Galp, prometendo uma “lição exemplar” para a empresa que despediu 1.600 trabalhadores no dia 20 de dezembro, cinco dias antes do Natal.
Recorde-se que, apesar de o anúncio do despedimento coletivo ter sido feito há nove meses, a Galp só desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos a 30 de abril deste ano, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines.
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