O presidente da Câmara, que se candidata nas eleições do dia 26 a um terceiro mandato, visitou hoje às instalações do Centro de Gestão Integrada (CGI), instalado em 2015 no quartel dos Sapadores Bombeiros do Porto, local onde deverá funcionar a sala de comando da PSP que operará as cerca de 40 novas câmaras de videovigilância que o município pretende instalar na baixa da cidade e cujo projeto foi apresentado em outubro de 2019.

Instado a apontar uma data para a entrada em funcionamento das primeiras câmaras, o independente referiu ser sua intenção submeter o processo à apreciação do Ministério da Administração Interna, sendo depois lançado a contratação pública.

"Esperamos que isso não seja um processo muito moroso, mas quando mete contratação pública eu nunca prometo (...)", observou,

"O 'vídeo hall' está pronto. Estamos prontos para arrancar com três áreas de videovigilância: sendo uma no centro, uma na zona ocidental e outra na zona ocidental", referiu, sublinhando que em causa está um investimento entre 1,5 e dois milhões de euros "inteiramente" suportado pelo município.

O independente explicou que a definição destas primeiras zonas obedeceu a um levantamento feito pela PSP, "em articulação com a Câmara do Porto e a Polícia Municipal", no qual foram identificados os "pontos sensíveis de risco".

A ideia, acrescentou, é no futuro abranger "toda ou quase toda a cidade".

Após o projeto piloto que o autarca prevê que arranque na baixa do Porto, deverão ser abrangidas a área ocidental, nomeadamente a zona de Pinheiro Torres, nas imediações do antigo bairro do Aleixo, Serralves e Marechal Gomes da Costa; e a zona oriental, em Campanhã e na envolvente do Estádio do Dragão e do polo universitário da Asprela.

Referindo-se à proliferação do consumo e tráfico de droga nas imediações do antigo bairro do Aleixo, Moreira reiterou que esta é uma competência do Estado central, pelo que "aquilo que tem sido feito é disponibilizar meios para as patrulhas".

"O que nós esperamos é que o Estado disponibilize recursos à PSP e também à Polícia Judiciária para haver um combate mais duro àquilo que é o trafico com toda a criminalidade associada. O que nós sabemos, e que foi nos dito no Conselho Municipal de Segurança, é que o investimento tem sido pouco nessa matéria. Mas isso não nos compete a nós", rematou.

Em outubro de 2019, quando foi apresentado o projeto de videovigilância, a autarquia avançava que, no total, somadas todas as fases, pretendia instalar mais 110 câmaras novas.

Concorrem à Câmara do Porto Rui Moreira (movimento independente "Rui Moreira: Aqui há Porto" -- apoiado por IL, CDS-PP, Nós, Cidadãos! e MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).

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