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"Não há portugueses dispensáveis", Sampaio evocado na Assembleia

Ferro Rodrigues abriu, esta quarta-feira, a sessão evocativa de Jorge Sampaio na Assembleia da República.

"Não há portugueses dispensáveis", Sampaio evocado na Assembleia
Notícias ao Minuto

15:44 - 15/09/21 por Filipa Matias Pereira com Lusa

Política Jorge Sampaio

O Presidente da Assembleia da República Portuguesa abriu, esta quarta-feira, a sessão evocativa de Jorge Sampaio na Assembleia da República, destacando os seus inúmeros ensinamentos e o legado que irão ficar perpetuados na memória coletiva. 

"Muito se tem dito nos últimos dias, mas não é o suficiente para exprimir a dor e a emoção com que vimos partir um amigo, com que vi partir um amigo na luta pela liberdade e pela democracia, com quem tanto aprendi nas últimas décadas, na política e fora dela", destacou Eduardo Ferro Rodrigues. 

O antigo Presidente da República deixou diversos ensinamentos, entre os quais "o respeito pelo outro, a diversidade, a pluralidade de ideias e convicções, a importância do diálogo, do consenso, da construção de pontes como forma de ultrapassarmos as muitas dificuldades com que o nosso país ainda se depara". 

Para além destes, Jorge Sampaio deixou um ensinamento "tão simples e tão cheio de significado" que nos últimos dias tem sido evocado por diversas figuras proeminentes: "Não há portugueses dispensáveis". 

"Chegados a esta sessão evocativa, a verdadeira homenagem que a Assembleia da República presta ao antigo chefe de Estado, deputado, político e cidadão, é com sentido de dever que transmito à família e amigos a gratidão de portuguesas e portugueses que aqui representamos", enalteceu Ferro Rodrigues. 

Depois desta intervenção introdutória, Ferro Rodrigues leu o voto de pesar do parlamento pela morte de Jorge Sampaio, seguindo-se as intervenções das diferentes bancadas e deputados.

Além dos deputados, marcaram também presença o primeiro-ministro, António Costa, e os ministros de Estado e das Finanças, João Leão, de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

Nas galerias da Assembleia da República assistem também a esta sessão personalidades como Luís Marques Mendes, José Vera Jardim, João Cravinho, e Vasco Lourenço.

Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.

O funeral, com honras de Estado, realizou-se no domingo, antecedido por uma homenagem nacional no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

As intervenções

A presidente do Grupo Parlamentar do PS destacou a "inquietude serena" de Jorge Sampaio e considerou que o seu exemplo dignificou a política, tornando-a mais profunda e consequente, e inspirou várias gerações de jovens.

Os partidos à esquerda no Parlamento lembraram a capacidade de diálogo político do ex-Presidente Jorge Sampaio e as convergências "que com ele foi possível construir", destacando ainda o seu percurso de resistência à ditadura.

Já os partidos à direita no parlamento ressalvaram as suas diferenças políticas relativamente a Jorge Sampaio, mas expressaram respeito pelo antigo Presidente da República e quase todos fizeram elogios ao percurso e modo de estar na política.

[Notícia atualizada às 21h16]

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