Paulo Portas em campanha em Vale de Cambra por gratidão ao distrito
O ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas visitou hoje Vale de Cambra em apoio à recandidatura de José Pinheiro pelo CDS-PP, o que atribuiu a gratidão pelo apoio dessa concelhia do distrito de Aveiro em "momentos difíceis" da sua vida política.
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Política Autárquicas
Depois de marcar presença na campanha do candidato do partido em São João da Madeira e antes de fazer o mesmo pelo cabeça-de-lista de Oliveira do Bairro, o também ex-presidente do CDS descreveu-se como "uma pessoa agradecida" e começou por recordar que foi "eleito muitas vezes" quando estava na política como representante do distrito de Aveiro.
Depois, explicou: "Quando precisei da ajuda da equipa do CDS aqui de Vale de Cambra, sempre a tive. Em momentos muito difíceis, tive sempre o apoio desta boa gente e, portanto, se eu puder fazer um gesto que os ajude nesta campanha, faço-o com todo o gosto".
O ex-governante recusou-se a revelar as suas expectativas quanto aos resultados nacionais do partido nas eleições do próximo dia 26 de setembro, mas apontou alguns dos aspetos pelos quais diz ter "admiração" pelo que o CDS fez em dois mandatos à frente da Câmara Municipal de Vale de Cambra.
"Estamos num concelho que teve muito cuidado com a dívida e quem cuida da dívida está a libertar os jovens e o futuro de um peso que não se vê, mas que chegaria. Este é um concelho onde os impostos que dependem do município são baixos, para que as famílias e empresas possam ter margem de manobra; é muito bem gerido, com cuidado, sem aventuras, e com sensibilidade social; e tem obra para mostrar", referiu.
A única menção de Paulo Portas à política nacional também partiu de um exemplo quanto ao desempenho do CDS em Vale de Cambra, já que, na sua perspetiva, a elevada taxa local de acesso e execução de fundos comunitários reflete "competência, eficácia, visão" para o devido aproveitamento dos recursos disponíveis, "que é o que se pede ao gestor de um município".
Admitindo que, no escrutínio autárquico, a escolha dos eleitores "tem mais a ver com pessoas do que com emblemas", o ex-vice-primeiro-ministro mostrou assim acreditar que os resultados da gestão realizada nos dois mandatos de José Pinheiro constituem um bom augúrio também para aquela que será a adesão local ao Plano de Recuperação e Resiliência.
"Este concelho não deixou fugir as empresas e tem indústria, o que contribui muito para a prática mais dinâmica da nossa economia, que é aquela que é exportadora e para quem o mundo é um mercado", defendeu Paulo Portas, apelando a "que concelhos com este grau de empreendedorismo e inovação aproveitem bem" os fundos da chamada "bazuca".
Na opinião do antigo líder do CDS, a estratégia nacional para essas verbas tem, contudo, uma particular fragilidade comparativamente à de outros estados europeus, pelo que só os melhores gestores conseguirão evitar falhas adicionais na concretização do programa.
"Eu gostaria que o nosso Plano de Resiliência apoiasse mais o setor privado porque esse é responsável por 80% da nossa economia, do emprego em Portugal e do valor acrescentado do país, já que é ele que mais inova e exporta, (...) mas, uma vez que está decidido, ou abrem os concursos e se tomam as decisões com alguma celeridade, ou poderíamos correr o risco de chegar atrasados", concluiu.
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