Mário Mesquita recorda Sampaio como um "um homem distinto"

Mário Mesquita, um dos fundadores do PS, recordou hoje Jorge Sampaio como "um homem distinto" e com "capacidade de persuasão", destacando também a sua "inteligência, lucidez e capacidade de intervenção" como Presidente da República.

Mário Mesquita

© Leonel de Castro / Global Imagens

Lusa
10/09/2021 13:29 ‧ 10/09/2021 por Lusa

Política

Óbito/Sampaio

 

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"Lamento muito a morte de Jorge Sampaio e deixo a minha modesta homenagem pessoal", disse Mário Mesquita.

Em declarações à agência Lusa, recordou o antigo Presidente da República, que morreu hoje aos 81 anos, como "um homem distinto, que tinha uma influência e uma capacidade de persuasão que ultrapassavam a área politica em que se inscrevia, isto é a associação Intervenção Socialista e depois o próprio Partido Socialista".

"Era uma pessoa preparada, culta, cosmopolita e a sua presidência foi sempre exercida com inteligência, lucidez e capacidade de intervenção", sublinhou.

Mário Mesquita, que é vice-presidente do Conselho Regulador da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social), considerou igualmente que "o seu desaparecimento significa também a ausência de alguém que, estando afastado dos cargos políticos, continuava a ter influência do ponto de vista de causas que lhe eram caras e que defendeu ao longo de toda a vida e sabia dar os sinais necessários à sociedade portuguesa".

O antigo diretor do Diário de Notícias defendeu ainda que a eleição de Jorge Sampaio como Presidente da República "foi de algum modo o coroamento da vitória das gerações estudantis que ao longo dos anos 60 e 70 lutaram contra regime salazarista", uma vez que foi secretário-geral da Reunião Inter-Associações Académicas.

Mário Mesquita recordou ainda que ao longo da vida cruzou-se "várias vezes com Jorge Sampaio", uma "das últimas no lançamento de um livro de homenagem a José Medeiros Ferreira", e indicou que eram amigos apesar de não terem os mesmos amigos.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

Leia Também: Domingos Abrantes grato a Sampaio por o ter defendido na prisão

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