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Porto. Moreira criticado por investimentos feitos nos bairros municipais

Seis dos 11 candidatos à Câmara do Porto criticaram os investimentos feitos em bairros da cidade pela maioria municipal, liderada pelo independente Rui Moreira, defendendo um reforço para garantir segurança e mobilidade dos moradores.

Porto. Moreira criticado por investimentos feitos nos bairros municipais
Notícias ao Minuto

06:22 - 10/09/21 por Lusa

Política Autárquicas/Porto

A habitação municipal esteve em destaque no debate de quinta-feira, que juntou sete dos 11 candidatos à presidência da Câmara Municipal do Porto nas eleições autárquicas de 26 de setembro.

Nesta matéria, o candidato do Bloco de Esquerda Sérgio Aires afirmou que os bairros estão "numa situação critica" e acusou a maioria municipal de fazer "investimentos de fachada".

Do investimento feito, "parte substancial foi em fachada e não na parte interior", disse o candidato, que defendeu um regresso "à intervenção comunitária" para responder às necessidades dos moradores, na maioria idosos e com "enorme dificuldade em se mover".

Em resposta às acusações, o atual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e candidato independente, recusou tratar-se de um investimento de fachada, afirmando que "muita da habitação social no Porto foi construída numa altura em que havia uma grande necessidade de construir muita habitação".

"As casas não têm as dimensões adequadas, é verdade, agora o que não vamos é deitar essas casas abaixo", salientou. A maioria tem procurado melhorar a eficiência energética e o conforto das habitações, tal como "um esforço grande em termos de envelhecimento ativo", em parceria com outras instituições, indicou.

Também a candidata da CDU Ilda Figueiredo criticou as "obras de fachada" feitas nos diferentes bairros municipais e a "falta de diálogo" com os moradores, como, por exemplo, no bairro da Pasteleira.

"Que tipo de obras são estas? Que se passa com a Domus Social [empresa municipal responsável pela habitação]?", questionou Ilda Figueiredo, defendendo a existência de "mais equipamentos e gabinetes de apoio para os moradores e as famílias" na cidade.

Já o candidato socialista Tiago Barbosa Ribeiro disse ter "outra visão e política" para os bairros municipais do Porto, salientando o "enorme descontentamento" dos moradores do bairro da Pasteleira, mas também noutros bairros, em matéria de habitação, equipamentos e segurança.

"Quando falamos dos bairros temos de falar de várias medidas, do apoio social, de medidas que não custam dinheiro como a reinscrição e temos de falar de intervenção nos bairros que permita criar medidas de mobilidade", afirmou, criticando Rui Moreira pôr em matéria de descentralização ser "uma espécie de católico não praticante".

Pelo PSD, Vladimiro Feliz disse que "novos tempos, exigem novas ideias", nomeadamente, ao nível do conforto das habitações, mas também de mobilidade, espaços públicos e envelhecimento ativo.

Em relação à segurança, o candidato social-democrata afirmou que não se deve "estigmatizar" o problema aos bairros municipais e a autarquia deve reunir-se com o ministro da Administração Interna para desenhar soluções nesta matéria.

Por sua vez, a candidata do PAN, Bebiana Cunha, salientou que o projeto da autarquia "apoia apenas três mil idosos" da cidade e apostou na integração dos animais de companhia, que "às vezes são a única forma de combater a solidão".

"O único preconceito que tenho encontrado no executivo contra os privados prende-se com políticas de proteção animal", criticou.

Já o candidato do Chega, António Fonseca, questionou Rui Moreira sobre o bairro do Bom Sucesso, onde foi feita "uma promessa em 2013", para defender maior investimento em matéria de segurança, por exemplo, em sistemas de videovigilância.

Em resposta, Rui Moreira esclareceu que neste bairro da cidade "grande parte das casas foi alienada" e que a autarquia "não pode intervir em casas privadas".

"Temos vindo a discutir com o IHRU [Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana] para que haja instrumentos que permitam às câmaras poder intervir nesta matéria porque o próprio IHRU tem este problema. Nos bairros do IHRU, metade das casas foi vendida e o IHRU não tem meios para intervir", afirmou.

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