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Costa vai mexer no IRS? "Anunciar que está a estudar não é nada"

Manuela Ferreira Leite criticou a postura do primeiro-ministro na entrevista desta semana, onde elogiou o papel do executivo no combate à pandemia e disse mesmo que o otimismo de Costa faz parecer que, "se fecharmos tudo, o país cresce".

Costa vai mexer no IRS? "Anunciar que está a estudar não é nada"

Manuela Ferreira Leite, criticou, no habitual espaço de comentário semanal na TVI24, a postura do primeiro-ministro na entrevista dada esta semana na TVI, onde António Costa demonstrou um "otimismo incomensurável" face à recuperação do país no pós-pandemia.

Para a antiga ministra, a forma como o chefe de Governo elogiou o papel do executivo no combate à pandemia de Covid-19 mostra que António Costa está "completamente fora da realidade".

"Isso traduz-se em constatações do primeiro-ministro que mostram que, evidentemente, está em campanha eleitoral", acrescentou, criticando que a entrevista nada tenha trazido de novo para quem já segue a atualidade nacional.

Dá como certo que estamos todos no bom caminho, que o país está a crescer como nunca... Podemos chegar à conclusão que se fecharmos tudo, o país cresce."Questionada sobre a possibilidade de serem introduzidas mudanças em dois escalões de rendimentos do IRS - um dos destaques dessa entrevista - Manuela Ferreira Leite diz mesmo que "anunciar que está a estudar, em altura eleitoral, é muito pouco. É nada", sublinha, recordando que essa questão ainda teria de ser discutida com os parceiros.

"Para mim, significa tanto como estar calado", referiu a antiga líder do PSD.

Para Ferreira Leite, a postura de António Costa é "desajustada" face ao panorama nacional e "há certas análises que não podem ser feitas, nomeadamente a do crescimento".

"Acha que uma pessoa que está indicada para presidente da Fundação Gulbenkian precisa de passar pela Câmara de Lisboa para ser líder do partido?"

Sobre o debate de terça-feira, também na TVI, entre os principais candidatos à Câmara de Lisboa nas autárquicas, Manuela Ferreira Leite começou por dizer que não gosta de olhar estes debates "na base da vitória e da derrota".

Por isso, questionada sobre se Carlos Moedas esteve mal preparado neste frente-a-frente, como sugeriram vários analistas, a comentadora justifica que o candidato social-democrata "não usa truques, é sincero".

Para Ferreira Leite, Medina "tem perspetivas futuras de outra ordem, tem uma carreira, tem afinidades totais aos seus projetos", mas Moedas tem uma "personalidade completamente diferente".

Para a antiga ministra das Finanças, "percebe-se perfeitamente" que o candidato da coligação 'Novos Tempos' tem um projeto para a cidade.

"Eu acho que em termos de personalidade e de projeto que ele tem para Lisboa, será lastimável que não aproveitemos", defendeu, no seu espaço de comentário.

Sobre a polémica questão dos passes, que também marcou o debate entre os dois, e a proposta de Moedas para a gratuitidade dos transportes públicos até aos 23 anos e a partir dos 65, sem distinção de classes, Ferreira Leite concordou.

"Carlos Moedas tem uma política de transportes e, evidentemente, não passa por questões sociais. As questões sociais são para ser resolvidas pelos governos, por outro tipo de instituições", defendeu. "O dirigismo socialista tenta apoiar as pessoas, mas não lhes mostra nenhum futuro. O caso da habitação é um exemplo."

Por fim, Manuela Ferreira Leite recusa que Carlos Moedas queira usar a presidência da Câmara de Lisboa como uma "rampa de lançamento" para chegar à direção do PSD.

"Acha que uma pessoa que está indicada para presidente da Fundação Gulbenkian precisa de passar pela Câmara de Lisboa para ser líder do partido? Eu acho que não", concluiu.

Leia Também: Dos impostos ao valor do passe e à habitação: o duelo na corrida a Lisboa

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